São Paulo aproveita adversário frágil, vence bem e dá boas opções a Bauza

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Na vitória sobre o América-MG, com o placar que seria suficiente para chegar à final da Libertadores, Tricolor tem atuação convincente e ganha força para quarta

Por Yan Resende

GloboEsporte.Com

Poderia ser quarta-feira, contra o Atlético Nacional, no jogo de volta da semifinal da Taça Libertadores da América. Neste domingo, o São Paulo fez justamente aquilo que precisa fazer na Colômbia. De forma convincente, derrotou o América-MG, por 3 a 0, no Morumbi, e arrancou gritos de “Eu acredito” da torcida no final do jogo.

O adversário, obviamente, não tem a mesma qualidade do adversário colombiano. Longe disso. A fragilidade do América-MG foi uma das chaves para a boa atuação do Tricolor. Ainda assim, os pouco mais de oito mil torcedores que foram ao estádio saíram satisfeitos. Mais ainda: esperançosos com o que esse time ainda tem a oferecer.

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Na última quarta, na derrota por 2 a 0 para o Atlético Nacional, parte dessa torcida reclamava de Edgardo Bauza. O garoto Luiz Araújo sequer foi relacionado para o jogo. Neste domingo, o rápido atacante infernizou o lado esquerdo da marcação mineira e justificou os pedidos dos são-paulinos ao longo da semana.

Hudson avançado + laterais ao lado dos pontos + movimentação de Cueva = Tricolor envolveu o América-MG (Foto: Reprodução)
Hudson avançado + laterais ao lado dos pontas + movimentação de Cueva = Tricolor envolveu o América-MG

O Tricolor deste domingo foi muito mais dinâmico. Velozes na armação, Luiz Araújo, Cueva e Centurión aproveitaram as falhas de marcação do Coelho, neutralizaram a saída de bola do adversário e serviram Alan Kardec, que desta vez aproveitou duas oportunidades que teve.

O domínio era absoluto desde o começo do jogo, mas o São Paulo precisou de 33 minutos para balançar as redes pela primeira vez. Centurión cobrou falta na cabeça de Kardec, que tirou do goleiro João Ricardo e colocou sua equipe à frente do placar.

Era o passo que faltava para a partida ficar de vez sob o braço do São Paulo. A facilidade para chegar ao gol adversário era tanta que até zagueiro aproveitou para marcar. A dupla de defensores considerada ideal para o futuro do clube mostrou que realmente tem tudo para ser escalada com mais frequência nos próximos meses.

Maicon mostrou que a expulsão de quarta-feira não arranhou sua imagem com a torcida. Desta vez, o xerife não foi o grande destaque. Com 19 anos, Lyanco roubou a cena. O garoto teve desempenho de gente grande, com segurança de quem é experiente e coroou sua atuação com um golaço.

Ainda no primeiro tempo, aos 42 minutos, Lyanco arrancou com a bola dominada desde o meio-campo, aproveitou o espaço deixado pela defesa americana, invadiu área, mostrou habilidade de atacante para limpar a marcação e bateu firme de perna direita para marcar um golaço no estádio do Morumbi.

No detalhe, o clarão deixado pela defesa do América para a investida do zagueiro:

Lyanco aproveitou a "avenida" deixada pela marcação do América-MG no primeiro tempo (Foto: Reprodução)
Sem medo de arriscar, Lyanco aproveitou o clarão pela marcação do América-MG no primeiro tempo

O São Paulo chegou ao intervalo com a partida praticamente decidida. Com o jogo na mão no segundo tempo, controlou o adversário e ampliou a vantagem com facilidade. Luiz Araújo apareceu livre na direita, passou pela marcação e rolou para a pequena área. Alan Kardec se esticou, a bola chorou e entrou.

O gol saiu aos 14 minutos. No tempo restante, o trabalho da comissão técnica – desfalcada por Bauza, suspenso neste domingo – foi de começar a preparação para o jogo de quarta-feira. Desta vez, as alterações não causaram nenhuma polêmica.

Hudson e Centurión saíram de campo porque devem começar o duelo contra o Atlético Nacional. Pendurado, Maicon também foi sacado para não perder o clássico contra o Corinthians na próxima rodada do Campeonato Brasileiro. O zagueiro, aliás, aproveitou para deixar a braçadeira de capitão com Kardec, selando a nova fase do atacante.

Se a cabeça do time já estava em Medellín, a torcida mostrou que o pensamento nas arquibancadas não era diferente. Com o apito final, o grito de “Eu acredito” tomou conta do Morumbi, mostrando que, para os tricolores, quarta-feira é agora.