São Paulo não vê como segurar Bauza se ele receber oferta da Argentina

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Luis Augusto Simon
Do UOL, em São Paulo

Uma resposta muito sincera de Alexandre Medicis, vice-presidente de futebol, ao repórter Roberto Lioi, da “Rádio Globo”, dá o tom de como o São Paulo vê o convite da AFA para uma entrevista com Edgardo Bauza visando o cargo de técnico da seleção argentina.

“Se você fosse convidado para dirigir a BBC de Londres, iria ou não?”, questionou.

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Não há o que fazer. Patón deixou o CT do São Paulo às 10h30 depois de dirigir o treinamento por uma hora. Viajou para Buenos Aires e prometeu estar de volta para comandar o treinamento de sábado e dirigir o time em Porto Alegre, no domingo, contra o Grêmio.

Pode ser a última vez. Miguel Russo, treinador do Vélez é seu concorrente. Ele tem em Maurício Macri, presidente da Argentina, um bom cabo eleitoral. Macri era presidente do Boca em 2007, quando Russo levou o clube ao título da Libertadores em 2007.

Uma definição deve ocorrer até sábado, e o São Paulo tem um último fio de esperança. “Ele vai se reunir com a AFA para ver a oferta oficial, mas se estiver tudo desorganizado pode ser que ele não vá”, disse Alexandre Medicis.

Entre os torcedores são-paulinos, pelas redes sociais, é possível ver desilusão com a possível saída de Bauza. O maior argumento é que o clube contratou Buffarini (ainda não confirmado) e Chávez, a seu pedido.

Chávez acompanhou, no banco de reservas, o treino. Será apresentado aos jornalistas na terça-feira. Poderá falar sobre como a proximidade com Bauza fez com que viesse ao Brasil. E como a confiança do treinador pode fazer com que renda bem.

Talvez a segunda pergunta seja desnecessária.

3 COMENTÁRIOS

  1. Para mim técnico e jogadores estrangeiros só de outros países da América Latina. Não acredito no trabalho de jogadores e técnicos argentinos no Brasil. A rixa futebolística é muuuuito grande, principalmente da parte deles. Espero que o São Paulo enxergue isso. O único que vi dar certo foi o D’alessandro.

  2. Se o Bauza sair (o que é compreensível, se ele receber a proposta da Argentina), só podemos aceitar e aplaudir. Só o fato de ele estar sendo considerado como técnico de uma seleção com o peso da Argentina, que hoje tem os melhores jogadores do mundo mas não ganha, mostra que ele é um técnico de ponta e que foi acertado trazer ele pro Morumbi. Fez um bom trabalho levando um elenco limitado e desacreditado ate as Semis da Liberta, e quem sabe com um pouco mais de sorte (e sem influencia do apito) poderíamos ter chegado mais longe.