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Pedro Cuenca
Quando Patón Bauza chegou ao São Paulo, logo falaram que ele seria uma das melhores pessoas para ajustar a defesa do clube. Passados alguns meses, esse ponto parece mais acertado, apesar de ainda necessitar alguns ajustes. O ataque tricolor, porém, tem deixado a desejar em muitos momentos da atual temporada.
Com a contratação de Calleri, o São Paulo ganhou um artilheiro. Foram 16 gols em 31 jogos, um número bem considerável. Apesar disso, a seca de gols cercou a equipe em vários momentos da temporada, inclusive quando o próprio argentino ficou em um jejum de gols durante parte do Paulistão, que só foi acabar na Libertadores, contra o Trujillanos.
No Brasileirão, os números preocupam o torcedor. Para uma equipe que deseja brigar por vaga no G-4, o São Paulo chuta pouco ao gol. E quando faz isso, raramente acerta o alvo desejado.
Segundo os dados da Footstats, São Paulo chuta, em média, 12 vezes por jogo e acerta apenas 4,7 vezes por partida. O número é bem abaixo dos seus rivais Corinthians e Palmeiras, por exemplo, ou da forte equipe do Grêmio, adversário do próximo domingo. O time do Morumbi, aliás, está entre as equipes que mais erram finalizações em números gerais, com 109 erros em 180 tentativas.
Com 16 gols em 15 partidas, o Tricolor tem média de 1,1 gol marcados por jogo. Só fica na frente de equipes inferiores tecnicamente e na tabela, como Coritiba, Figueirense, Santa Cruz, América-MG e Internacional. Para marcar um único gol, por exemplo, o São Paulo precisa de MAIS DE 11 FINALIZAÇÕES.
Muitos jogos poderiam ter sido diferentes se o Tricolor acertasse a pontaria. Nas derrotas para Inter e Figueirense, por exemplo, o time errou 12 e 11 finalizações, respectivamente. No empate contra o Sport, 18 erros em 21 tentativas. A vitória sobre o América-MG poderia ter sido maior se o time não tivesse errado 14 chutes. Mesmo quando acerta mais que erra, o São Paulo pouco marca. Exemplos são as derrotas para Atlético-PR e Santos, quando a equipe acertou muitas vezes o alvo, mas não soube aproveitar e saiu de campo com o resultado negativo.
Com as saídas de Calleri e Kardec, o time perde dois jogadores com faro de gol. A chegada de Gilberto ainda é uma incógnita, mas não empolga muito. Isso sem contar com a perda de Ganso, jogador que facilitava muito a vida dos atacantes do São Paulo.
Esse é um ponto a ser melhorado no São Paulo. A sorte pode ser diferente se o time não melhorar a pontaria e balançar as redes mais vezes. O sonho de voos maiores passa por esse ponto crucial.
