Com Ricardo Gomes, Michel Bastos pode seguir caminho de ex-vascaíno

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Gazeta Esportiva – Bruno Grossi

No Vasco de 2011, Felipe passou a atuar mais recuado no meio de campo, concluindo rota que começou na lateral-esquerda e passou pela armação, como o camisa 7 do São Paulo

Michel Bastos - São Paulo

Michel Bastos tem nove jogos e nenhum gol neste Campeonato Brasileiro (Foto: Ana Luiza Rosa/saopaulofc.net)

Michel Bastos pediu e ficou dez dias com atenção especial da comissão técnica para recuperar massa muscular, potência e explosão. A ideia era compensar o tempo engolido pela maratona de decisões na Libertadores para curar lesão muscular e apagar as atuações ruins diante de Corinthians, Grêmio e Atlético-MG. O meia mostra esforço – e humildade – para melhorar e ganhou um aliado importante na busca pela reação no São Paulo.

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Ontem, o recém-chegado Ricardo Gomes confirmou o camisa 7 como substituto do suspenso Thiago Mendes para encarar o Internacional, às 16h de domingo. No jogo em Porto Alegre, válido pela 21 rodada do Campeonato Brasileiro, Michel deve revezar com Cueva entre a ponta e a meia esquerda. Nesse caso, acumularia responsabilidades defensivas, justamente o que faltou nas partidas em que reconhece as más atuações e o que levou ao “retiro” no CT.

Vasco - 2010 - Felipe
Felipe em ação pelo Vasco, contra o São Paulo, no ano do retorno ao Vasco da Gama, em 2010 (Foto: Tom Dib/Lancepress!)

Juan Carlos Osorio já havia apostado em Michel para a função. Na época, o jogador não se empolgava, mas hoje diz ter gostado do papel. E, para Ricardo Gomes, não seria nenhuma novidade incentivar e ajudar um veterano de 33 anos a se reinventar na reta final da carreira. Em 2011, no comando do Vasco da Gama, Felipe foi quem ouviu os conselhos do técnico para jogar melhor.

‘Ricardo é uma pessoa muito querida, um amigo que fiz’, disse o ex-meia Felipe em 2011, após o AVC sofrido pelo técnico

Assim como Michel, o Maestro vascaíno começou a carreira como lateral-esquerdo. Devido ao talento ofensivo, foi deslocado à função de meia-atacante, sempre mais perto do gol adversário. Com Ricardo, aos 33 anos, foi recuando em campo até atuar praticamente como um volante de saída pela esquerda e terminar a temporada com sete gols em 48 jogos e o título da Copa do Brasil.

– Hoje, independente da minha idade, provo que nunca foi difícil defender e atacar. E até por isso resolvi sair dos últimos dois jogos para me condicionar e estar 100%. Nunca deixei de voltar para marcar, apesar de ser um meio-campista que gosta de atacar. O Ricardo sabe de tudo que aconteceu recentemente, veio me perguntar se estava à disposição. E eu disse que estou pronto para qualquer função – avisou Michel.