O que assistimos hoje foi deplorável. Deplorável sob vários aspectos. As dependências do Centro de Treinamento do futebol profissional do São Paulo Futebol Clube foram invadidas. Jogadores foram intimidados em seu ambiente de trabalho. Alguns foram agredidos fisicamente. Objetos pessoais e do clube foram furtados.
O São Paulo hoje foi vítima de atos de vandalismo. Atos criminosos. Que serão apurados com todo o rigor. As providências nesse sentido já estão sendo tomadas.
Quero dizer algumas coisas sobre o que ocorreu hoje. Primeiro, prestar a minha solidariedade ao elenco, à comissão técnica e aos profissionais que trabalham no São Paulo. Cobranças são legítimas e necessárias. Quem está no futebol deve conviver com elas o tempo todo. Mas o que ocorreu aqui hoje foi outra coisa. E isso não podemos nem vamos aceitar.
Segundo, quero dizer aos autores e aos idealizadores desse ato criminoso de hoje que não me intimidam. Não me intimidam. Muito pelo contrário.
Uma coisa é a insatisfação da torcida com a situação do clube no campeonato. Ou a frustração diante de uma derrota que todos nós julgamos inaceitável para um clube do tamanho do São Paulo. Outra coisa, diferente, é uma manifestação como essa de hoje, arquitetada ao longo da semana com fins políticos, para tentar desestabilizar a administração do clube. Que ninguém se engane: os mentores desse protesto não estão preocupados com o bem do São Paulo. Eles apostam no quanto pior, melhor. Serão desmascarados. E sobretudo não vão triunfar.
Eu pergunto: quem pagou os ônibus que trouxe a torcida uniformizada para o CT? Quem financiou isso? Quem incitou nas redes sociais atos criminosos contra o clube, seus jogadores e funcionários? É algo que vocês da imprensa deveriam investigar.
Por fim, como presidente do São Paulo, quero reiterar aqui que sei da insatisfação da imensa nação são-paulina com o desempenho do time no campeonato neste momento. Essa insatisfação também é minha. Mas sei, também, que a nação são-paulina não apoia nem tolera atos de vandalismo como o que vimos hoje.
Não tenho dúvida de que havia hoje aqui torcedores bem-intencionados, gente com vontade genuína de exprimir seu amor pelo São Paulo e sua insatisfação. Esses eu respeito muito e com esses eu converso, como sempre fiz. Mas com os gestores da baderna eu não tenho diálogo. São oportunistas querendo usar a torcida uniformizada como massa de manobra – e isso está cada vez mais claro. Nós vamos responder a eles dentro de campo, vamos responder com a continuidade de uma gestão responsável e transparente, vamos responder também na forma da lei.
Carlos Augusto de Barros e Silva
Presidente
Nenhuma pessoa de boa índole pode apoiar um ato de vandalismo como o que assistimos, mas alguma coisa, dentro da legalidade, deve ser feito. Esta diretoria já ultrapassou os limites do aceitável. Não dá mais deixar nas mãos de conselheiros descompromissados decidirem os destinos do nosso Tricolor. Eleições diretas já.