Pedro Lopes – Do UOL, em São Paulo
MARCOS BEZERRA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
São Paulo utilizou o uniforme amarelo diante do Botafogo, em agosto
Autores de uma ação que visa anulação do estatuto e afastamento da diretoria do São Paulo, sócios e conselheiros de oposição do clube do Morumbi voltaram à Justiça nesta semana com um objetivo diferente: proibir o time de utilizar o terceiro uniforme de cor amarela lançado em conjunto com a Under Armour em agosto deste ano. A vestimenta foi aprovada no Conselho Deliberativo em julho.
Dentre os autores estão Newton Ferreira, o Newton do Chapéu, candidato derrotado na última eleição presidencial e Francisco de Assis Vasconcellos Pereira da Silva, conselheiro e advogado e que também assina a ação de anulação do estatuto, datada de 2004.
A alegação é de que o uniforme amarelo fere o estatuto do clube, que dispõe que as cores a serem utilizadas devem ser o branco, vermelho e preto “A perplexidade, ante o absurdo acontecimento, e a justa repulsa da coletividade são-paulina exigem a pronta inviabilidade da utilização presente ou futura de outro uniforme sem as cores, símbolos e o Emblema isósceles acolhidos desde a fundação do Clube e mantidos na refundação”, diz a ação.
O documento ainda afirma que a camisa parte de interesses “espúrios” ao escolher a cor amarela, que foi utilizada na campanha presidencial de Carlos Miguel Aidar, antecessor do atual presidente Carlos Augusto de Barros e Silva e ligado ao grupo de Juvenal Juvêncio, ao qual pertenceu por anos o atual mandatário.
“Prevaleceu na infeliz escolha a vontade espúria. Proveitos econômicos não destroem ou compram a tradição do Tricolor Paulista e da legalidade. Mais do que injustificável, é intolerável, pois, sintomaticamente, a cor amarela há tempo é usada como símbolo de propaganda em movimentos eleitorais do grupo atualmente dominante do São Paulo Futebol Clube”.
Por fim, a ação cita que a camisa foi mal recebida pelos torcedores nas redes sociais, citando inúmeros exemplos. O pedido é para que o clube seja proibido de utilizar cores que não branco, vermelho e preto nos uniformes, sob pena de pagar multa diária de R$ 5 mil.
O São Paulo ainda não foi citado na ação e, procurado pela reportagem, não se manifestou.