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Wellington não entrava em campo pelo São Paulo no Morumbi desde março de 2014. Depois de ser emprestado, superar uma punição de doping e se recuperar de uma cirurgia no joelho, o volante, que nunca escondeu ser também torcedor do Tricolor Paulista, voltou a atuar no Cícero Pompeu de Toledo neste sábado. Foram poucos minutos durante a vitória sobre a Ponte Preta, mas que bastaram para levar o jogador às lagrimas assim que soou o apito final. Era a consolidação de sua volta por cima.
“Fico emocionado, né? Depois de muito tempo, depois de sair do São Paulo, de voltar num momento difícil do clube, muitas mudanças, pego no doping injustamente, lesão no joelho… Voltar a jogar no Morumbi com casa cheia, eu que sou são-paulino, é inexplicável. Fico muito feliz de estar de volta”, comemorou o jogador, orgulhoso de sua determinação para retomar a carreira.
“Com doping, com lesão, eu já considerei uma vitória minha primeira convocação, contra o Flamengo. Agradeço a Deus e minha família, porque não é para qualquer um”, disse, garantindo que nunca pensou em desistir e seguir outro rumo na vida. “Eu vim do nada, vim de baixo. Eu tive dificuldade na minha vida desde sempre e sempre procurei olhar lá na frente. Meu psicólogo é Deus, minha família”, explicou.
O meio-campista foi revelado pelas categorias de base do São Paulo e foi titular da última conquista do clube: A Copa Sul-americana de 2012. Mas, tudo mudou quando Wellington testou positivo para as substâncias proibidas hidroclorotiazida e clorotiazida em setembro do ano passado. À época, defendia o Internacional por empréstimo. Para piorar, em abril, já perto de cumprir sua suspensão, acabou sofrendo uma ruptura no ligamento cruzado anterior do joelho direito.
“O Wellington é um lutador, bom jogador e tem todo esse histórico anterior. O conheci em 2010, tinha a impressão que seria um grande jogador. Foi para o Inter, perdeu tempo na vida dele com o caso do doping, e agora está recuperando. Estou muito satisfeito. Um volante com características de jogador que trabalha muito de área à área, com qualidade”, comentou o técnico Ricardo Gomes, que teve a sensibilidade de colocar o atleta em campo diante de quase 50 mil torcedores em uma partida que já estava ganha.