“A instituição nunca morre, temos que prosseguir com ajudas relevantes”

280

SãoPaulo.F.C

Érico Leonan

Marco Aurélio Cunha afirma que São Paulo seguirá engajado para ajudar a Chapecoense após o acidente aéreo

DSC_0866.JPG

Por Érico Leonan / saopaulofc.net

Na última terça-feira (29), após a confirmação do trágico acidente aéreo com a aeronave que transportava a delegação da Associação Chapecoense de Futebol, além de profissionais de diversos veículos de comunicação, o São Paulo e outros clubes entenderam que o momento é de união, apoio e auxílio à Chapecoense. E nesta quarta (30), o diretor executivo de futebol Marco Aurélio Cunha afirmou que o Tricolor seguirá engajado para ajudar a equipe catarinense e todas as famílias afetadas no acidente.

Publicidade

“Estou constrangido, magoado e sofrido por tudo que aconteceu com a Chapecoense. A instituição nunca morre, temos que ajudar a prosseguir com ajudas relevantes. Vou emprestar que atleta? Um atleta que eu não quero? Só vou ajudar com coisas boas, positivas, e não com algo que não seja ajuda verdadeira. Isso é uma obrigação”, afirmou o dirigente são-paulino, que acrescentou.

“A parte que mais me toca é o depois, o que virá depois para as famílias desses jogadores, que eram o apoio de tudo. Um jogador que termina o contrato em dezembro, como ficará sua família? Além de falecido, contrato expirado. A ajuda primária, maior, deve ser para as famílias devastadas pelo acidente. Quem vai cuidar dos filhos dos jogadores? O presidente Leco deu uma ideia, ontem (terça-feira), de fazer um fundo que pudesse suprir os contratos por um tempo. Vejo o lado das pessoas que vão sofrer a falta de um status que os jogadores podiam dar”, completou.

Durante a coletiva de imprensa desta manhã, no Centro de Treinamento da Barra Funda, Marco Aurélio Cunha revelou que o elenco tricolor também manifestou o interesse em homenagear o clube catarinense, que contava com dois atletas que já vestiram o São Paulo: o lateral-direito Mateus Caramelo (estava emprestado) e o meio-campista Cléber Santana.

“Ajudar a instituição é um dever da CBF, dos clubes, mas ela vai continuar. Quem não vai continuar são os provedores dessas famílias. Toda homenagem emocional é intempestiva e não se raciocina bem. Nossos atletas pensam em fazer algo que será dito no futuro, e obviamente vamos compor e estaremos juntos, nessa última rodada, homenageando a Chapecoense da forma que for mais sóbria, sem transformar homenagem em publicidade. É uma grande diferença”, finalizou.