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A contratação de Rogério Ceni pelo São Paulo para o comando técnico do time será a primeira experiência do ex-goleiro à beira do campo. A situação não é nova apenas para o ídolo tricolor. Maicon, capitão da equipe, se confundiu duas vezes nesta sexta-feira ao falar sobre a chegada de Rogério Ceni, que apesar de confirmado, só passará a trabalhar com o elenco no CT da Barra Funda na próxima temporada.
“Infelizmente não tive a oportunidade de jogar ao lado dele. Agora espero que ele consiga emplacar uma dinâmica muito positiva no São Paulo. É um jogador… Treinador que vem motivado, confiante e com a aposta da diretoria. Será a primeira experiência dele como jogador… Desculpe, como treinador. Tenho que me habituar ainda (risos). Ele pode acrescentar demais”, disse o zagueiro, sempre muito sereno, até mesmo em um momento de descontração.
Maicon aproveitou a entrevista para mostrar toda sua admiração pelo novo chefe. O xerife da zaga tricolor ignorou o fato de Ceni nunca ter trabalho na função, não viu problema em atletas serem dirigidos por um ex-companheiros de time e admitiu que espera até uma mudança tática na forma do São Paulo jogar.
“Treinador é cobrado igual a qualquer um. Jogador é cobrado igual a qualquer um. É seu primeiro trabalho, é uma aposta, mas a diretoria analisou o perfil e as capacidades pelo que ele estudou e pelo que o clube quer. Viram que ele tem condição, não só pela história, mas pelo que pode ser como treinador. Vemos alguns treinadores há anos no futebol e sem títulos, então, por que não apostar no Rogério Ceni? Tem o respeito da torcida, do elenco e da diretoria. Ele chega motivado para implantar um sistema de jogo diferente e nos motivar”, avaliou Maicon.
“É o maior ídolo da torcida, dos jogadores e do futebol brasileiro. Mas, futebol é resultado, e quando vem resultado é mais favorável. Temos que ter paciência. Ele é novo, mas tem muita experiência de jogador, com muitos anos de vida. Ele adquiriu conhecimento demais, vi que o Osorio falou que ele sempre perguntava as coisas nos treinos, agora foi viajar para estudar, há anos vinha estudando. Não foi de uma hora para a a outra”, completou.
Nada disso, porém, deve aliviar a pressão sobre o time, que viveu uma de suas piores temporadas dos últimos anos. Maicon sabe disso, mas, deixou claro que a chegada de Ceni se tornou um ponto de esperança para uma retomada.
“A pressão vai ter sempre. E ele sabe disso, está ciente e nós também. A cobrança vai ser ainda maior por causa do nosso ano ruim em 2016, isso sim. Fomos muito apagados, chegando só a uma semifinal de Libertadores, sem finais e sem títulos. A pressão será por isso”, explicou.
“Ele vai ter que trabalhar com a cabeça de todos jogadores para entrarmos em sua dinâmica de trabalho rapidamente, mas acredito que ele fará rápido. Estaremos concentrados. Estamos ansiosos para começar”, concluiu Maicon, que trabalhará com Rogério Ceni pela primeira vez a partir de janeiro apenas.
