Técnico do São Paulo afirma que clubes do exterior também vem encontrando dificuldades para achar um 9. “Único nome que escolhi e aprovei foi do Colmán”
Por Alexandre Lozetti e Marcelo Hazan – GloboEsporte.Com
Chavez é opção para a camisa 9 neste início de ano (Foto: Érico Leonan / saopaulofc.net )
Encontrar um camisa 9 no mercado tem sido tarefa árdua. O técnico do São Paulo, Rogério Ceni, diz que há escassez de centroavantes à disposição. O treinador ressalta que não é só o Tricolor que vem encontrando dificuldades. Ele diz que tem sido procurado por clubes do exterior em busca de indicações.
O paraguaio Colmán, teve seu nome aprovado pelo comandante tricolor, mas as negociações não andaram e ele foi anunciado pelo Dallas, dos Estados Unidos. Assim, as opções de momento para Ceni são Chavez, que não garante permanência após o empréstimo, e Gilberto. Cícero é meia, mas pode atuar adiantado em caso de necessidade.
– Não só para o São Paulo, está difícil para todos. Tenho amizade com treinadores de times de fora do país que me perguntam sobre um nove para contratar. Está difícil achar jogadores nessa posição. Temos o Chavez, que faz o lado esquerdo e também é nove, Cícero é um falso nove e o Gilberto é um nove de origem – disse.
Além da falta de opções no mercado, Ceni lembra da dificuldade financeira do São Paulo. O panorama é o mesmo nos outros clubes, salvo exceções apontadas pelo treinador.
– O futebol brasileiro não é igual o da Europa, onde você escolhe o jogador e paga R$ 50 milhões. Aqui, dependemos de improvisações, com raríssimas exceções, como Palmeiras e Flamengo. O Corinthians trouxe dois, o Kazim e o Jô. Nós temos Chavez, Gilberto e outros jogadores que chegam de trás para fazer os gols, mas não tão concentrado como o Santos, com os gols do Ricardo Oliveira, e o Flamengo, com o Guerrero. A ideia é ter reforços, não perder jogadores. Mas temos de conviver com a realidade – afirmou Ceni.
O comandante tricolor comentou nomes de medalhões estrangeiros que foram especulados nos últimos dias, como holandês Van Persie e do togolês Adebayor. O treinador disse que nenhum desses jogadores foi discutido pela comissão técnica. Ele ressalta que o único que aprovou foi Colmán.
– A não ser o Van Persie, que li, os outros não ouvi dizer. Têm um custo anual muito grande esses jogadores. Mas se a diretoria tiver condições de trazer jogadores de qualidade, sempre serão bem-vindos. Mas não tive acesso a conversa. O único nome que escolhi e aprovei foi o do Colmán, mas que acabou acertando com o Dallas.
