Lucas Fernandes e Araruna, que vivem a expectativa de herdar a vaga de Cícero, encararam a coletiva de imprensa
Érico Leonan- Site Oficial
Revelados no Centro de Formação de Atletas Laudo Natel, em Cotia, os jovens Lucas Fernandes e Araruna vivem a expectativa de herdar a vaga de Cícero (suspenso pelo terceiro cartão amarelo) e encarar o Novorizontino no próximo final de semana pela sexta rodada do Campeonato Paulista. A dupla, que tem recebido atenção especial do técnico Rogério Ceni neste início de trajetória no elenco principal, avaliou a disputa por um lugar na equipe e exaltou a ‘concorrência’.
“Essa briga por posição é natural para todo jogador, ainda mais para quem pode fazer mais de uma função em campo. Retornei agora após me recuperar das cirurgias no joelho e no ombro, e ainda não estou preparado para jogar 90 minutos, mas estou trabalhando para evoluir e ficar pronto para isso”, afirmou o meia, que teve a opinião compartilhada pelo volante. “Essa disputa sadia sempre vai existir, mas a gente vem se preparando durante muito tempo desde a pré-temporada para quem o Rogério escolher estar pronto para jogar”, acrescentou.
De acordo com a dupla, que todos os dias aprende algo novo com o novo comandante, a confiança de Rogério e o trabalho desenvolvido pelo comandante são fundamentais neste momento de transição. “É importante a confiança que ele dá para a gente. A gente trabalha muito em Cotia para chegar aqui e muitos treinadores não confiam, mas o Rogério tem paciência por sermos jovens, sabe que vamos oscilar e por isso nos deixa confiantes”, opinou Lucas Fernandes.
“Rogério sempre conversa muito com a gente, dá muita liberdade para saber o que a gente gosta de fazer em campo, em cada posição, se pode adiantar, recuar. Essa confiança não é de todo técnico e nos deixa mais tranquilos na hora de jogar”, emendou Araruna, que também falou sobre a responsabilidade de defender a camisa tricolor. “A cobrança aqui sempre vai ser enorme, maior do que a dos outros pelo tamanho do clube e necessidade de títulos. A cobrança é forte, mas é justa, então precisamos treinar para tomar menos gols e fazer mais”, disse o defensor.
“Na filosofia do Rogério, a gente tem que comandar os jogos com ofensividade, então é natural que no começo a gente tome alguns gols”, completou o meia. Por fim, os jovens jogadores falaram sobre a experiência de encarar a coletiva de imprensa e a nova etapa na carreira. “Estar aqui é consequência do que faço. Sou bem tímido e não gosto de dar entrevista, mas tive que encarar (risos). Esse negócio de fama e dinheiro é secundário, porque meu sonho de pequeno é ser jogador de futebol e dei muito trabalho para minha mãe por isso (risos)”, brincou Lucas Fernandes.
“Na base a gente tem diversos obstáculos que fazem a gente chegar aqui mais maduros e encarar isso de uma forma mais tranquila e que flua melhor. São campeonatos de nível superior, como Libertadores, Copa do Brasil, e lá a gente trabalha para chegar prontos a essa oportunidade. E quando estamos aqui, tentamos fazer nosso melhor. Fama e dinheiro são coisas secundárias. O sonho de jogar vem da base e nos preparamos para esse momento”, finalizou Araruna.