Birner: São Paulo não tem elenco para tantos jogos decisivos; Ceni precisa calcular

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Dividir forças é enfraquecer todas as frentes. Diminui a possibilidade da agremiação conquistar o que é prioridade.

Essa máxima vale para quase todos. As exceções são os clubes com elencos grandes e qualificados, capazes de manterem a força necessária  em qualquer torneio.

Esse pragmatismo é tende a ser parte do sucesso. O futebol atual exige cumprimento de estratégia raciocinada, inteligente, e sólida para lidar com os revezes dessas escolhas.

Repare na tática de Tite dentro dos gramados.

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Monta o sistema de marcação como alicerce, inicia a maioria dos jogos entendendo o que faz o oponente, toma as precauções necessárias para evitar os gols, e investe onde avaliou ser mais viável para ganhar os jogos. Gosto de afirmar que são calculistas na proposta dentro de campo.

No futebol, ao contrário das relações pessoais, isso é virtude e aumenta a competitividade.

O planejamento de uma agremiação ganhadora exige essa característica na formação de elenco, planejamento da temporada, e cumprimento do que foi decidido quando as emoções não combatiam a razão. O São Paulo sabe quais torneios são maiores para si. É hora de o CT da Barra e do Morumbi serem cerebrais.

Razão deve prevalecer

A comissão técnica sabe o elenco do São Paulo é insuficiente para tudo que a torcida quer. O treinador, nas entrevistas, cita que são necessários reforços.

Essa é a realidade das agremiações do país. A exceção é o Palmeiras, que recebe do patrocinador mais do que sua marca vale, tal qual o próprio afirmou, e talvez o Flamengo.

O técnico tem que acertar o planejamento para lidar com o mês de abril, carregado de jogos decisivos, e fazer escolhas. A pior será dividir forças para tentar ser competitivo em todas.

Isso enfraquece o time nos torneios.

As opções que necessita fazer são simples, atendem ao que é mais relevante para a agremiação, e foram definidas por Rogério Ceni e a direção durante as conversas para o novato no cargo ser contratado. A inteligência grita para o Estadual ser tratado como algo quase irrelevante, sejam quais forem as reclamações em redes sociais ou nas arquibancadas do Morumbi.

Se for capaz de encerrar abril classificado nos demais torneios, e tiver o elenco fisicamente em condição de ser competitivo desde o início dos pontos corridos, a missão será cumprida.

A conquista do Estadual é irrelevante. Mesmo fossem 500 anos de jejum, nada alteraria. Não creia nesse papo que levanta o moral, apesar de ser realidade.

A alegria em seguida evapora, se em seguida houver tropeços nos torneios de maior peso.

As outras conquistas a tornam mais duradoura

O treinador tem obrigação de priorizar

O São Paulo atuará em Buenos Aires nesse meio de semana, no outro receberá o Cruzeiro, e no seguinte decidirá em Belo Horizonte a classificação às oitavas de final da Copa do Brasil.  Tem elenco mais forte que o do Defensa Y Justicia e menos que o do gigante da elite do nosso futebol.

O clube argentino optou pelo 5-4-1, 5-3-2 e 3-4-1-2 nos jogos dessa temporada. É importante para a agremiação do Morumbi, que oscila, fazer ajustes para lidar com tais propostas de futebol.

O calendário impede que o técnico tenha rotina necessárias para tais acertos. A possibilidade da eliminação é embasada na perda das disputas física, mental e coletiva.  Duas podiam ser encerradas no CT da Barra Funda.

A racionalidade plena sugere que o ideal teria sido poupar em ambos os jogos das quartas-de-final no Estadual.

O minúsculo ”El Halcón’ ganhou do vice-líder Newell´s (1xo) e tropeçou diante de Huracán (0x2) e do líder Boca (0x1), esse na última rodada. Eliminar o tricampeão da Libertadores será o maior feito do clube, e o grupo de atletas fará todo o esforço para realizar o sonho de brilhar no futebol do continente.

O favorito, além de eliminar os ‘hermanos’, terá que atuar fisicamente ‘inteiro’ frente aos mineiros.

Nenhum resultado contra os clubes do tamanho do Linense, no Estadual, compensa comprometer a preparação que aumenta a possibilidade da temporada ser feliz para a torcida.  Pouco importa se a própria reclamará pelo resultado no torneio paulista.  O imediatismo absolutista vigente tem que ser sublimado pelos que gerenciam o futebol.

Se houver a eliminação em qualquer fase da Copa do Brasil ou na Sul- Americana. a chiadeira será maior.  Além disso, os atletas da zebra no Estadual são menos capazes que os suplentes do Morumbi.

A direção tem que respaldar o planejamento com declarações de apoio.

O planejamento tem que ser embasado. A ambição faz o clube atuar sem o jogador que o torna mais forte.

Era óbvio que tinha de poupar

O exemplo de Cueva tem que ser referência. Tinha que ser poupado durante a primeira fase do Estadual.

Nem adianta alguém afirmar que o treinador fez isso quando o retirou dos jogos. Realmente o substituiu porque tinha receio que se machucasse, mas saía com dores, na hora colocava o gelo na região machucada, foi atuar nas eliminatórias e exatamente onde sentia aconteceu o problema que o torna ausência no momento em que o time mais necessita de seus dribles e assistências.

No Peru, a classificação ao Mundial é proporcional à conquista da Libertadores para a agremiação de Lucas Pratto, Maicon e Thiago Mendes e cia.  É o momento do sacrifício para ganhar.

O goleiro Rogério Ceni conquistou o Mundial com muitas dores no joelho e fazendo esforço gigantes para ir ao gramado.

Sabia que a possibilidade do peruano se machucar era enorme. que o o atleta atuaria com o tornozelo inchado, dor muscular, nas articulações, ou como fosse possível jogar futebol.

Lembre para os amigos ‘haters’

As estratégias mais apropriadas aumentam as possibilidade das conquistas nos torneios priorizados, e diminuem nos secundários.

Não são garantia nem de sucesso, e nem de fracasso. O futebol tem pegadinhas. O próprio São Paulo, na era Telê Santana, ganhou a Copa Conmebol com o ‘expressinho’ e eliminando Corinthians, Grêmio e goleando o Peñarol na final.

A unica certeza é que o Estadual pode ser avaliado como ‘me engana que eu gosto.  Terá algum peso se houver êxitos maiores na temporada.

O Vasco é bicampeão no Rio de Janeiro e foi rebaixado na temporada em que obteve o primeiro desses troféus.

Lembro que haverá a janela de transferências, os elencos podem ser alterados, atletas jovens talvez subam de produção, mas nesse momento a agremiação do Morumbi é ausência no grupo dos prinncipais favoritos à conquista do torneio de pontos corridos. Isso mostra o valor da Copa do Brasil e da estreia na Sul-Americana.

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