Além de participar dos treinos sob comando de Rogério Ceni, meia do São Paulo faz atividades “extracurriculares” para voltar a jogar futebol do início do Campeonato Paulista
São Paulo e Cueva têm a consciência de que o camisa 10 não vive bom momento. Tecnicamente, ele caiu muito de rendimento e, desde que retornou de lesão muscular na coxa esquerda, não conseguiu se destacar. O que também se nota é que fisicamente o atleta está abaixo da sua melhor forma, apesar de a equipe ter ficado 17 dias sem jogos após a eliminação no Campeonato Paulista. Para reagir, não há outro jeito: Cueva tem trabalhado dobrado no CT da Barra Funda.
Em busca da recuperação, o jogador tem participado normalmente dos treinos comandados pelo técnico Rogério Ceni. E, além disso, está fazendo trabalho de recondicionamento físico e fortalecimento muscular no Reffis. Contando sempre com a presença de um preparador, ele faz diversos exercícios nos aparelhos de musculação. Além disso, também realiza atividades aeróbicas.
Os números mostram como o rendimento de Cueva caiu após a contusão sofrida em ação pela seleção peruana no dia 29 de março, contra o Uruguai, pelas eliminatórias. Até aquele jogo, o peruano havia marcado sete gols e dado quatro assistências para os companheiros. Mais do que isso, era o termômetro da equipe em campo, a criação sempre passava por ele. Na maioiria do tempo, era visto pelo lado esquerdo do ataque, mas também tinha liberdade para se movimentar.
Depois que sofreu a lesão, Cueva ficou 17 dias em tratamento no Reffis. Normalmente, um estiramento leva de três a quatro semanas de recuperação. Mas, como a equipe havia perdido para o Cruzeiro, pela Copa do Brasil, e tinha o Corinthians pela frente, pelo Campeonato Paulista, pensou-se num plano para colocar o camisa 10 em campo.
Nos dias 10 e 11 de abril, ele trabalhou com os fisioterapeutas no gramado. No dia 12, passou para a preparação física. No dia 14, trabalhou com bola com os companheiros pela primeira vez. No dia seguinte, treinou novamente e foi relacionado para o Majestoso. Mas seu desempenho não foi bom contra o Timão. Nem nos jogos seguintes, contra Cruzeiro, novamente contra Corinthians, Defensa y Justicia e Cruzeiro de novo, a situação melhorou. Tanto que ele acabou substituído em todas as partidas. Sem gols ou assistências.
O técnico Rogério Ceni aposta todas suas fichas nesse trabalho físico que está sendo feito. Em sua última coletiva, após a derrota para o Cruzeiro, ele deixou claro que o camisa 10 está nos seus planos.
– Se disser que o Cueva vive o melhor momento estaria mentindo, né? Se disser que não deposito nele as minhas maiores fichas também estaria mentindo. Mas cada atleta passa por momentos difíceis e cabe a nós recuperar a parte física, para ter mais disposição. Sem dúvida ele é um termômetro do time. Cria-se uma expectativa sempre no jogador diferenciado. Espero que ele volte a render o melhor dele o mais rápido possível. É um jogador importante para nós – disse Ceni.
A princípio, o peruano deverá atuar na partida da próxima segunda-feira, contra o Avaí, no estádio do Morumbi, pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro.