Com laterais em baixa, Ceni busca soluções para o lado direito no São Paulo

No último domingo, Araruna foi o escalado. Nas categorias de base, ele atuou por bastante tempo como lateral-direito, mas era volante ao ser promovido por Rogério Ceni, e foi no meio-campo que se destacou em alguns jogos do Campeonato Paulista.

Na própria competição, em dois clássicos contra o Corinthians, inclusive, ele precisou ocupar a lateral, em razão de lesões de Bruno e Buffarini.

Antes, o técnico do São Paulo vinha optando por um time com três zagueiros, o que acarreta em algumas mudanças no cumprimento dessa função. O lateral-direito se torna um jogador de meio-campo, bem mais ofensivo, mas que precisa compor uma linha de quatro na hora de se defender. Do lado esquerdo, Júnior Tavares, absoluto no ano, foi mantido.

Na direita, primeiro Ceni tentou Thiago Mendes, em razão de sua força física e explosão. E gostou. Só que o jogador, volante de origem, se machucou, e quem passou a ganhar minutos naquela região do campo foi o atacante Marcinho. O desempenho valeu elogios, tanto pela eficiência, com assistências, como pela dedicação tática.

Nos momentos em que, durante a partida, o treinador abriu mão do 3-4-2-1 para voltar ao 4-3-3, a adaptação foi feita com um dos zagueiros que já estava em campo. No caso, Militão.

Ao longo dos primeiros meses do ano, a lateral direita foi alvo de um dos maiores revezamentos de Ceni. Bruno e Buffarini se alternaram bastante, mas nenhum deles emplacou. A atuação do jogador brasileiro diante do Defensa y Justicia, em partida que eliminou o São Paulo da Copa Sul-Americana, foi muito criticada.

Buffarini, por sua vez, embora tenha virtudes na marcação e um comportamento muito elogiado, apresenta deficiências no apoio ao ataque.

Bruno e Buffarini participaram do jogo-treino dos reservas contra o time sub-19, na última quarta-feira, no CT da Barra Funda, e são opções para a próxima partida, domingo, diante do Flamengo, no Rio de Janeiro, pela 11ª rodada do Campeonato Brasileiro.