Análise: sem jogo pelos lados, nem melhora de Cueva tira o São Paulo do nada

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GloboEsporte.com – Alexandre Lozetti

É chato analisar o nada. O São Paulo joga mal porque é uma obra de Frankenstein, montada, em vez de cientistas, por dirigentes muito incapazes no assunto futebol. Jogadores que mal se conhecem, um técnico recém-chegado e insegurança se misturam e formam o nada que tem sido a equipe nas últimas rodadas do Campeonato Brasileiro.

Cueva dá belo passe para Pratto que acerta Jandrei sem querer aos 39' do 1º

Cueva dá belo passe para Pratto que acerta Jandrei sem querer aos 39′ do 1º

Na derrota por 2 a 0 para a Chapecoense, Dorival Júnior disse ter visto “coisas boas”. Normal, ele precisa valorizar pequenos progressos e tentar transformá-los num alicerce para o que vem pela frente. De fato, a transição defesa-ataque no primeiro tempo pode render elogios.

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Petros recuou muitas vezes para se alinhar aos zagueiros e iniciar as jogadas, algo que Renato fazia no Santos de Dorival. A bola sai com mais qualidade.

Cueva melhorou. Movimentou-se mais pelo campo e conseguiu mexer a marcação da Chape ao fazer a bola girar com mais velocidade.

Jogada criada por Cueva em Chapecoense 2x0 São Paulo

Jogada criada por Cueva em Chapecoense 2×0 São Paulo

São Paulo gira a bola até Júnior Tavares cruzar para a cabeçada de Pratto

São Paulo gira a bola até Júnior Tavares cruzar para a cabeçada de Pratto

Nada brilhante, mas no buraco negro de criatividade que é o São Paulo, suficiente para tornar incompreensível sua saída, no segundo tempo.

O peruano, inclusive, deu belo passe para Lucas Pratto, que não soltou o freio de mão. No jogo, o argentino correu pra lá, pra cá, muito mais sem rumo do que qualquer outra coisa.

 A Chapecoense não teve vergonha de se fechar inteira no campo de defesa, postura repetida com igualdade ou vantagem no placar. Assim, é difícil para qualquer time – imagina para o São Paulo – se infiltrar pelo meio. Eis mais um grande problema: não há jogo pelos lados.

Bruno e Buffarini se revezam em apresentações horríveis pela lateral direita. Na Arena Condá foi a vez do brasileiro, que, para agravar sua situação, ainda teve do lado Wellington Nem, uma versão beta do bom jogador que se destacou no Fluminense.

Do lado esquerdo, Júnior Tavares errou nos dois gols da Chape. No segundo, parecia jogador de pelada. Mesmo com um desempenho irregular há um bom tempo, seu reserva, Edimar, chegou há quatro meses e tem zero jogo até agora.

Neste São Paulo que se diz sem confiança, até Jucilei pode jogar mal. E jogou. Errou o passe que gerou a arrancada de Apodi, fez a falta e pronto: 0x1.

Dorival precisa mesmo ter olhos generosos para enxergar maneiras de salvar o São Paulo pessimamente administrado. Um time que, na 14ª rodada, já se rebaixou ao constrangedor objetivo de permanecer na primeira divisão.

4 COMENTÁRIOS

  1. Parabéns Leleco e sua tropa de incompetentes! Vamos mandar toda a comissão embora e trazer o super Dorival para classificar para a Libertadores, pensaram os imbecis. Agora chega um técnico novo que acha que aqueles caras que não jogavam nada com o Ceni vão passar a jogar bem com ele, como em um passe de mágica. Aí precisamos ganhar dos reservas da Chape e o cara escala Bruno e Nem na direita. VTNC Dorival! O Bruno já nasceu morto e o Nem voltou morto da Ucrânia. Agora o povo está entendendo porque o Ceni colocava o bom Araruna na direita. Fora Leco! Fora Pinotti!

  2. Na verdade o São Paulo está acéfalo no elenco e na gestão..
    Incompetentes no poder… vexames, fiascos
    VIVA O LECO E SEUS CAPATAZES DO PODER
    VENDE TODOS LECO.
    NADA SE CRIA, NADA SE APROVEITA, TUDO SE TRANSFORMA NA SEGUNDONA..LAVOISIER…

  3. Os erros do time são os mesmos faz tempo. O Dorival começa a mostrar um pouco do que quer do time, porém as peças dificultam seu trabalho. Nossas laterais estão péssimas, talvez colocar o Wesley na direita seja uma saída (a que ponto chegamos), o Júnior Tavares está sem foco no time, parece estar com a maldição da renovação de contrato, no SPFC quem renova sai de órbita e nunca sabe-se quando volta, hora de mudar, banco muitas vezes resolve o problema.
    No meio a dupla Petros/Jucilei parece que tem futuro, porém precisam de um parceiro e o argentino Gomez é esforçado, ajuda bem na marcação mas me parece perdido quando vai à frente, talvez Cícero momentaneamente possa ajudar mais.
    Na frente esta o nosso maior problema. Para jogar com Pratto te que ter jogadores rápidos pelo lado do campo, não temos. Portanto eu tentaria jogar com Lucas Fernandes e Cueva municiando Gilberto, jogador mais “leve” que Pratto, sai melhor da área, puxa marcação e ai quem sabe criamos as jogadas em diagonal, tão apreciadas por nosso treinador. Hoje nosso ataque é muito previsível, Pratto esta enraizado entre os zagueiros e ficamos tentando jogar bola na área sem sucesso, apenas cansamos o time e perdemos tempo.