Dorival iguala jogos de Ceni, mas São Paulo não melhora; veja os números dos dois

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GloboEsporte.com

Alexandre Lozetti

Com as mesmas 11 partidas do antecessor, atual técnico tem aproveitamento um pouco superior.

O empate em 2 a 2 com a Ponte Preta foi o 11º jogo de Dorival Júnior no comando do São Paulo. Ele igualou o número de partidas do time sob o comando de Rogério Ceni, seu antecessor, no Campeonato Brasileiro. E os números mostram que a troca, apontada pela diretoria como solução dos problemas, surtiu pouquíssimo efeito.

O atual treinador ganhou 39,3% dos pontos disputados, contra 33,3% de Ceni, mas há uma série de ponderações favoráveis a um ou outro lado, o que equilibra bastante o cenário.

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Hernanes, autor de sete gols nos últimos sete jogos, é o principal deles. O meia só chegou depois da troca. É o responsável direto pela grande maioria dos pontos conquistados com Dorival, enquanto Rogério não o teve em seu elenco.

 Fator Hernanes: Dorival tem um privilégio que Ceni não teve (Foto: Mauro Horita)

 

Fator Hernanes: Dorival tem um privilégio que Ceni não teve (Foto: Mauro Horita)

Aliás, nesse aspecto, o cenário foi bem mais desfavorável a Ceni, que perdeu mais peças (Maicon, João Schmidt, Thiago Mendes, Luiz Araújo e Chavez) e ganhou menos reposições (Maicosuel, Denilson e Petros) do que Dorival: com o atual técnico, saíram Lucão e Wesley, chegaram Arboleda, Aderllan, Bruno Alves, Jonatan Gómez, Hernanes e Marcos Guilherme.

Os questionamentos que Dorival enfrenta no clube são baseados justamente no fato de o time pouco ter evoluído em pontos que eram apontados como falhos no trabalho de Ceni, o primeiro da carreira do ex-goleiro como treinador.

O presidente Carlos Augusto de Barros e Silva e o diretor Vinicius Pinotti estavam muito confiantes numa evolução maior com Dorival, nome que o executivo defendeu imediatamente após a saída de Ceni – o ex-auxiliar Pintado comandou o Tricolor em uma partida na transição.

Para a dupla de cartolas, o trabalho do ex-goleiro era muito ruim, e isso ficaria claro em pouco tempo. Não aconteceu. O time não engrenou.

Veja abaixo os números dos dois no comando do São Paulo, no Brasileiro:

O peso dos oponentes

Aqui vale também um registro dos adversários que cada um enfrentou (e a posição deles na tabela atualmente):

Rogério Ceni: Cruzeiro (6º), Avaí (14º), Palmeiras (4º), Ponte Preta (13º), Vitória (17º), Corinthians (1º), Sport (12º), Atlético-MG (11º), Atlético-PR (9º), Fluminense (10º) e Flamengo (5º).

Dorival Júnior: Atlético-GO (20º), Chapecoense (18º), Vasco (8º), Grêmio (2º), Botafogo (7º), Coritiba (16º), Bahia (15º), Cruzeiro (6º), Avaí (14º), Palmeiras (4º) e Ponte Preta (13º).

Para sair do Z-4 do Brasileiro na próxima rodada, o São Paulo precisa ganhar do Vitória (no domingo, em Salvador) e torcer por DOIS ENTRE TRÊS dos seguintes resultados: 1 – derrota ou empate da Chapecoense (contra o Grêmio, no domingo, em Porto Alegre); 2 – derrota do Bahia (contra o Cruzeiro, no domingo, em Belo Horizonte), tirando saldo de quatro gols; 3 – derrota do Coritiba (contra o Palmeiras, na segunda-feira, em São Paulo).

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