Jorge Nicola – Yahoo
A vitória em Salvador garantiu alguns momentos de alívio para a torcida do São Paulo no domingo. Mas, a partir desta segunda-feira, a diretoria tricolor já tem mais um problema para resolver: a Under Armour, fornecedora de material esportivo desde 2015, quer a antecipação do fim do contrato, que terminaria em dezembro de 2019. O rompimento é tão iminente que o São Paulo já foi ao mercado atrás de uma substituta.
A parceria com a Under Armour faz do Tricolor um dos clubes mais bem pagos por uma empresa de material esportivo na América do Sul. O contrato prevê R$ 15 milhões em dinheiro por temporada e R$ 12 milhões em uniformes e afins. O São Paulo ainda tem garantido um valor mínimo de R$ 5 milhões em royalties por temporada com camisas vendidas.
Tais cifras se tornaram inviáveis para a multinacional americana, que está decidida a pagar a multa pela rescisão do vínculo. O presidente da Under Armour no Brasil, Bruno Abilel, negocia diretamente com o presidente Leco os trâmites do rompimento, que deve ocorrer em dezembro.
Detalhe importante: a Under Armour nem cogita deixar o Fluminense, com quem assinou em fevereiro deste ano. Os termos do vínculo com o Tricolor carioca são bem menos custosos, o que permite à empresa projetar lucro. No caso do São Paulo, seria necessário vender mais de meio milhão de camisas por ano para alcançar uma das metas – em 2016, nem metade desse número foi batido.
Existe enorme preocupação no Morumbi com as consequências da saída da fornecedora. Algo parecido ocorreu em 2014 em relação ao patrocínio máster: alegando problemas financeiros, a Semp deixou o São Paulo seis meses antes do fim do vínculo. E foram longos dois anos sem patrocinador máster, até o acordo com a Prevent Senior. Pois a operadora de saúde também saiu antes do combinado, em março deste ano, com nove meses de antecedência.
O Blog apurou que pessoas ligadas ao marketing tricolor já foram ao mercado para tentar prospectar com concorrentes da Under Armour, a fim de garantir ao São Paulo uma fornecedora esportiva em 2018. Mais do que isso: para que o time consiga recuperar parte dos R$ 15 milhões do acordo com os americanos.
Nem o Banco Intermedium, que estampa sua marca no peito e nas costas do uniforme desde maio, banca uma quantia tão alta. O acerto com o banco mineiro prevê R$ 14 milhões por temporada.
Do jeito que o time está eu não compro nem do camelô