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Há exatos 25 anos, o São Paulo conquistava o seu primeiro título mundial. No dia 13 de dezembro de 1992, no Estádio Olímpico de Tóquio, no Japão, o time comandado por Telê Santana venceu o Barcelona por 2 a 1 no duelo que reuniu os então atuais ganhadores da Copa Libertadores e da extinta Taça dos Campeões Europeus, hoje conhecida como Liga dos Campeões da Europa.
Treinada pelo holandês Johan Cruyff, a equipe catalã abriu o placar aos 12 minutos de jogo. Principal jogador do Barça à época, o atacante búlgaro Hristo Stoichkov arriscou de fora da área e acabou encobrindo Zetti.
Após ‘entortar’ o zagueiro pela esquerda, Muller cruzou à meia altura na pequena área e, com a barriga, Raí deixou tudo igual aos 27 minutos.
Os brasileiros mantiveram a superioridade na etapa complementar e obrigaram Zubizarreta a praticar quatro grandes defesas. Aos 34, porém, o espanhol não pôde fazer nada para evitar a virada tricolor.
Após Palhinha sofrer falta na entrada da área, Raí rolou para Cafu e bateu colocado, no ângulo direito, sem chances para o arqueiro, que nem sequer pulou na bola.
Diante de 60 mil pessoas, o São Paulo entrou em campo com Zetti; Vítor, Adílson, Ronaldão e Ronaldo Luíz; Pintado, Toninho Cerezo, Raí e Cafu; Palhinha e Muller. Já o Barcelona foi derrotado com Zubizarreta; Ferrer, Ronald Koeman, Guardiola e Eusébio; Bakero, Amor, Stoichkov e Michael Laudrup; Richard Witschge e Beguiristain.
A vitória sobre os catalães inaugurou a série de três títulos mundiais do clube do Morumbi, que superou Milan-ITA e Liverpool-ING em 1993 e 2005, respectivamente. O futebol praticado pelos comandados de Telê Santana, inclusive, inspira Raí, novo diretor-executivo do São Paulo, a “criar uma identidade de jogo” no elenco atual.
“Todo time para conseguir segurança para desenvolver um futebol vistoso, bonito e ofensivo precisa de segurança. Segurança a gente sente de que vem melhorando e vai ser trabalhado na pré-temporada. Historicamente, o que mais se identifica com o São Paulo é um jogo alegre, leve e vitorioso”, disse o ex-jogador, artífice do título mundial de 1992
Um jornal espanhol divulgou uma entrevista com o árbitro argentino desta decisão. Segundo ele, dois dias antes da decisão, Telê e Cruyff passaram a madrugada conversando no saguão do hotel sobre ideias de futebol. Por fim, fizeram um acordo de que se algum atleta dos times usasse recursos ligados ao anti-jogo, seria imediatamente substituído. Pois tivemos um jogaço e a vitória do melhor time do planeta na época! E um tal Guardiola, então jogador do Barcelona, soube muito bem como aprender as lições dos mestres!
Telê e Cruyff, PRESENTES!