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Leandro Canônico
Tricolor repetiu apenas cinco jogadores do jogo contra o RB Brasil para o duelo com o CRB.
É claro que o nível técnico de RB Brasil e CRB, adversários das últimas vitórias do São Paulo, precisa ser levado em consideração. Principalmente porque, nos confrontos contra times da Série A em 2018 (Corinthians, Palmeiras e Santos), o Tricolor foi derrotado. Mas é inegável que o time teve uma evolução sob o comando interino de André Jardine, com supervisão de Diego Aguirre.
Mais do que isso, a dupla Aguirre/Jardine deu o recado do que deve ser a disputa por posição daqui por diante no São Paulo. Ninguém parece, até agora, ter cadeira cativa no time. A intenção do novo treinador, ao lado do seu auxiliar, é realmente rodar o elenco. “Oportunizar”, como Jardine disse, à maioria do elenco momentos como titular.
Abaixo você vai ver as escalações contra o RB Brasil (3 a 1 pelo Paulistão) e CRB (3 a 0 pela Copa do Brasil). Em negrito, apenas os jogadores que iniciaram como titulares nos dois jogos. Compare:
São Paulo x RB Brasil
Jean; Bruno, Arboleda, Aderllan e Júnior Tavares; Petros, Pedro Augusto (Liziero) e Nenê; Marcos Guilherme (Tréllez), Diego Souza e Valdívia (Caíque).
CRB x São Paulo
Jean; Éder Militao, Rodrigo Caio, Anderson Martins e Júnior Tavares (Liziero); Jucilei, Petros (Lucas Fernandes) e Cueva; Marcos Guilherme, Tréllez (Brenner) e Valdívia.
É isso. Só cinco jogadores (Jean, Júnior Tavares, Petros, Marcos Guilherme e Valdívia) começaram os dois jogos citados como titulares. E poderia ter sido diferente não fossem alguns problemas físicos.
Jean, por exemplo, não tem ainda como revezar com Sidão, que se recupera de problema muscular. Júnior Tavares foi titular na lateral esquerda porque os outros atletas da posição (Reinaldo e Edimar) estão machucados. E Petros porque Hudson tem dores. No caso de Marcos Guilherme e Valdívia, não há no elenco jogadores em condições de manter a velocidade que eles dão à equipe.
Esse cenário não signifca, porém, que o São Paulo vai ter um time diferente a cada rodada. Em uma equipe que precisa recuperar o prestígio seria arriscado ir por esse caminho. Mas é fato que Aguirre pretende, em especial para o jogo deste sábado, às 16h, contra o São Caetano, escolher quem mais se destacou nesses dois primeiros jogos para montar a base do time.
A partir dela é que o técnico uruguaio deve lançar mais joias da base, descansar um ou outro atleta mais desgastado… Sempre priorizando um time veloz e mais efetivo quando tem chance de gol.
Veja abaixo, então, os pontos positivos dos últimos dois jogos:
- Marcos Guilherme e Valdívia têm funcionado muito bem pelas pontas
- Júnior Tavares é uma ótima opção pela esquerda e ainda pode se arriscar no meio
- Todas as opções usadas na zaga foram bem. Rodízio seria seguro no setor
- Diego Souza foi bem quando atuou mais próximo dos meias
- Liziero, versátil, se destacou como volante e foi bem na lateral
E agora veja os pontos negativos:
- Tréllez perdeu muitas chances e não mostrou confiança na cara do gol
- Cueva tem tido muita dificuldade em jogar simples. Peca pelo excesso
- Brenner, desde a era Dorival, tem mostrado problemas em decidir quando tem a bola
Depois de duas vitórias seguidas, com seis gols marcados e apenas um sofrido, o São Paulo volta a campo neste sábado, às 16h, no Anacleto Campanella, para o primeiro jogo das quartas de final do Campeonato Paulista, contra o São Caetano. Na sexta-feira, aliás, o técnico Diego Aguirre vai dar o seu primeiro treino no CT da Barra Funda. Com André Jardine de auxiliar fixo.