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Diego Souza tirou a camisa de número 9, abaixou a cabeça e, ao lado dos companheiros, comemorou em silêncio o segundo gol do São Paulo na vitória por 2 a 0 sobre o São Caetano, que garantiu a classificação do time às semifinais do Campeonato Paulista. Após a partida, o meia-atacante negou que o gesto tenha sido feito em tom de desabafo.
“Desabafo nenhum. Foi minha comemoração. Estou feliz de ter classificado o time para a próxima fase. Sabemos que tem sido difícil, os jogos têm sido puxados. Hoje tive a oportunidade de entrar e ajudar meus companheiros”, celebrou o jogador ao canal Premiere.
Adquirido junto ao Sport por R$ 10 milhões, Diego Souza não marcava desde a vitória por 2 a 0 sobre o Botafogo-SP, em 3 de fevereiro, ou há nove partidas, e não vinha conseguindo ajudar como centroavante. O jejum resultou em críticas e desconfiança por parte da torcida ao atleta, que chegou a ser reserva em alguns dos últimos jogos.
Nesta terça, aproveitando ótimo cruzamento de Lucas Fernandes, Diego Souza testou firme e ainda viu a bolar tocar na trave e no goleiro antes de entrar. “Não tem peso. Aqui (no Brasil), o camisa 9 não é o principal centroavante para fazer os gols. É o que mais vai ajudar, preparando para quem vem de trás. As pessoas veem futebol de uma maneira complicada”, analisou.
Aos 32 anos, Diego Souza chegou ao Tricolor com o sonho de manter o desempenho apresentado no Sport e ser convocado para defender o Brasil na Copa do Mundo. Embora não tenha sido chamado por Tite para os amistosos contra Rússia e Alemanha, o versátil jogador mantém esperanças de estar na Rússia daqui a três meses.
“Tem muita coisa para acontecer, vamos focar aqui, que é o fruto do meu trabalho. Aí depois vemos o que acontece”, finalizou o meia-atacante, que é um dos artilheiros do time na temporada, com três gols.