Leco blinda cúpula do futebol do São Paulo e ignora críticas sobre Aguirre

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GazetaEsportiva.net

Tiago Salazar

A não ser que uma improvável reviravolta aconteça, Diego Aguirre deve ser anunciado como técnico do São Paulo nas próximas horas. A contratação do uruguaio revela uma nova forma do presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, administrar o futebol profissional do clube.

O mandatário maior está decidido a dar carta branca a Raí, diretor-executivo, Ricardo Rocha, coordenador de futebol, e Diego Lugano, superintendente de relações internacionais. Dessa maneira, Leco apresenta duas mudanças em seu perfil de comando:

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O primeiro fato que chama atenção é a questão de Leco ter se mostrado menos centralizador nos últimos meses. Um dos motivos do ex-diretor de futebol Vinicius Pinotti ter pedido demissão do cargo em dezembro foi justamente pela forma como Leco tomava suas decisões, muitas vezes sem consultar Pinotti ou agindo no sentido oposto ao que o ex-diretor acreditava ser correto.

Leco vai contrariar aliados e diretores ao contratar Diego Aguirre (Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press)

O segundo ponto notável nessa mudança de postura de Leco é a proteção que o presidente tem dado ao trio de ídolos formado por Raí, Ricardo Rocha e Lugano. Opiniões, comentários e até mesmo pressões externas, seja de outros departamentos ou de conselheiros, aliados ou de oposição, estão sendo absorvidas e ignoradas em grande parte, diferente de como acontecia costumeiramente em um passado recente.

O voto de confiança dado a Dorival Júnior após o empate com a Ferroviária, como a Gazeta Esportiva explicou à época, e a escolha por Diego Aguirre são as maiores provas de que Leco mudou.

A reportagem apurou que o nome do técnico uruguaio está longe de ser uma unanimidade dentro do clube. Até pessoas influentes no departamento de futebol foram contrárias a decisão de se buscar o ex-treinador do San Lorenzo.

Aguirre é visto como mais uma aposta sem contextualização e gera desconfiança entre são-paulinos. A principal torcida organizada do tricolor também já se posicionou publicamente avessa a contratação.

 

Dentro deste cenário, as pessoas ouvidas pela reportagem da Gazeta Esportiva confessaram que prefeririam outras opções. E André Jardine parece mesmo ser o favorito daqueles que temem pela opção já definida por Diego Aguirre.

Campeão Gaúcho com o Internacional em 2015 e comandante do Atlético-MG em 2016, Diego Aguirre, 52 anos, está desempregado desde setembro do ano passado, quando caiu diante do Lanús à frente do San Lorenzo, nas quartas de final da Copa Libertadores da América. Em seu currículo, Aguirre tem também dois títulos nacionais pelo Peñarol e três conquistas de copas pelo Al-Rayyan, do Qatar.

3 COMENTÁRIOS

  1. Incompetentes, e isso inclui também o Raí, Ricardo Rocha, Lugano (que indicou). Treinador fraquíssimo, está fora do Brasil, não sabe nada do campeonato… Vai começar com a história de que precisa conhecer o elenco e com isso já se vai o final do Paulista… Será rebaixado no Brasileiro, afirmo com toda convicção. R$ 32 milhões gastos com jogadores que poderiam ser substituídos por sub-20. Nem bom jogador foi, técnico fraco, assim como Leonardo, Jardine. O São Paulo, historicamente sempre teve grandes treinadores, Pepe, Telê, Minelli, Carlos Alberto Silva, Silinho, Muricy (nosso último treinador), de tempos para cá somente incompetentes, Cuca (provou no Palmeiras o ano passado), Ricardo Gomes, Pintado, Adilson Batista, Bausa, Dorival (ganhou no Santos porque tinha ótimos jogadores). Não há perspectiva de melhora. Com todo esse dinheiro gasto, uma eventual compra do Hernanes, seria uma apostamento melhor. Como disse o Caio (outro jogadorzinho fraco), o São Paulo de 2018 é muito mais fraco do que o anterior!!!
    Imaginem amanhã, chegada, apresentação, e até começar o trabalho, já tem Copa do Brasil, e o resultado não é confortável com o resultado do jogo anterior, a possibilidade de desclassificação existe.