Eficiência de Sidão para repor a bola vira trunfo do invicto São Paulo

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José Eduardo Martins – Do UOL, em São Paulo

  • Ale Cabral/AGIF

    Sidão virou destaque do São Paulo neste início de Campeonato Brasileiro

Sidão chegou ao São Paulo com uma indicação de peso. Ninguém menos do que Rogério Ceni, um dos principais ídolos da história do clube, havia pedido a contratação do goleiro no fim de 2016. Entre as características destacadas pelo ex-arqueiro e hoje treinador do Fortaleza estavam a habilidade para jogar com os pés e o passe preciso para começar uma jogada. Neste Brasileirão, justamente na reposição, o camisa 12 chama a atenção pelo invicto Tricolor.

“Eu tenho uma facilidade para bater na bola por conta do trabalho. Ninguém fica bom em algo sem treinar bastante. É algo que eu treino muito. Então, dentro do jogo procuro executar o que treino, que é achar o passe. Não é chutar a bola para frente como muita gente faz. É tentar direcionar a bola para algum jogador do meu time. Muitas vezes quando o cara está sozinho, esse passe sai bem executado e a gente consegue manter a posse de bola. A gente já não está jogando tão curto, quanto antes. Estou usando muito bola de média para longa, e isso é uma das coisas que eu consigo fazer bem”, disse Sidão.

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Após a vitória por 3 a 1 fora de casa sobre o América-MG, em Belo Horizonte, neste domingo (27), ele lidera o ranking de reposição de bolas certas no nacional, segundo o Footsats, com 53% de aproveitamento (58 acertos). Jandrei (da Chapecoense) é o segundo e Julio Cesar (do Fluminense), o terceiro.

“Nós temos jogadores inteligentes, que conseguem se movimentar em partes estratégicas do campo. A gente tendo uma boa visão consegue achar esses caras em boa posição e acaba executando um bom passe, uma boa reposição. Acho que isso é um trabalho coletivo. Não dá para achar bom passe com jogador estático, parado, marcado, porque fica difícil completar esse passe. Com os jogadores que nós temos, que se movimentam bem e procuram o espaço vazio, onde a gente possa fazer esse passe, facilita”, explicou Sidão.

Na realidade, o goleiro começou a trabalhar mais com a bola nos pés quando jogou no Audax, entre 2013 e 2016. Na época, ele foi treinado por Fernando Diniz, conhecido por priorizar o toque de bola e por obrigar os arqueiros a participarem da construção das jogadas.

“Começou no Audax a se destacar esse quesito, e a partir de lá chamou a atenção do Rogério. Até porque era algo que ele [Rogério Ceni] fazia muito bem, com excelência. Isso me ajudou a estar aqui hoje e esses números são bons porque mostram que eu não mudei o meu jeito de jogar, minhas qualidades continuam e procuro aperfeiçoar o que tem para ser melhorado. Isso é bom. É legal saber que tem sido bem feito o trabalho”, completou o camisa 12.

Único invicto e embalado por uma sequência de duas vitórias, o Tricolor enfrenta o Botafogo nesta quarta-feira, às 21h, no Morumbi. Sidão ainda vê possibilidades de melhorar o seu rendimento e de o São Paulo evoluir na competição.

“Acho que o meu melhor momento ainda está por vir. Estamos em evolução, sempre melhorando, nunca pensando que está bom. Isso não é um pensamento meu, é coletivo. O nosso propósito é sempre melhorar. Falávamos de evolução e os resultados não vinham, por isso ficava difícil de acreditar nisso. Então, com os resultados surgindo fica mais fácil de acreditarem que a gente está evoluindo.”