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A Arábia Saudita está passando por uma reforma política que abrange diversos setores da economia local. E o futebol acabou se beneficiando de um interesse do governo em investir no esporte mais popular do país. Além da elevação impactante dos recursos financeiros, a liga saudita, passou a permitir até sete jogadores estrangeiros (seis na linha e um goleiro) por clube, e não mais apenas três.
Diante desse cenário, o mercado brasileiro se transformou em um ótimo atrativo para os árabes na tentativa de, enfim, fazer com que seus campeonatos não só sejam mais ricos como também tenham um nível de futebol melhor. Fábio Carille, ex-Corinthians, Otero, ex-Atlético-MG, e Marcos Guilherme e Valdívia, que defendiam o São Paulo, já deram adeus rumo ao país petroleiro.
Dessa forma, não seria surpresa imaginar um “caminhão de dinheiro” chegando ao Morumbi por causa de Nenê. O camisa 7 tem feito a diferença para o São Paulo com uma fase artilheira poucas vezes vista em sua carreira. Ciente de que tem chamado atenção, o veterano tenta tranquilizar a torcida tricolor.
“Para com isso, nem fica falando nisso. Estou muito feliz aqui, esquece isso aí. Não tem com o que se preocupar, não”, disse o meia quando questionado sobre o assunto, evitando se estender para não alimentar qualquer tipo de boato em meio a janela de transferências.
Prestes a completar 37 anos (faz aniversário dia 19 de julho) e com contrato até o fim de 2019 com o São Paulo, Nenê já fez seu “pé de meia” jogando na Ásia. No início de 2013, o jogador acertou com o Al-Gharafa e defendeu o clube do Catar até dezembro do ano seguinte. À época, o jornal francês L’Équipe publicou que o acordo previa salários anuais de 5 milhões de euros (cerca de R$ 13 milhões pela cotação daquele período).
O que pode deixar o torcedor do São Paulo um pouco mais seguro quanto ao temor recorrente da perda de um grande jogador é justamente o fato de Nenê já estar se encaminhando para o fim de sua carreira depois de tantos anos no exterior. Além disso, o armador topou reduzir seu salário em relação ao que recebia no Vasco (destaca-se a frequência nos atrasos dos pagamentos) para assinar contrato com a equipe paulista, dando mostras de que apenas dinheiro já não é mais suficiente para lhe convencer a mudar de clube.
Focado e empolgado com suas atuações recentes, Nenê garante só pensar no confronto com o Flamengo, marcado para 18 de julho, no Maracanã, logo o primeiro compromisso pós-pausa para a Copa do Mundo. O Rubro-negro é líder do Campeonato Brasileiro, com 27 pontos, exatamente quatro pontos à frente do São Paulo, terceiro colocado.
“Com certeza, isso está na nossa mente e a gente sabe que é confronto direito. É seguir com muita humildade, porque podemos melhorar. Mas acredito que fizemos nosso trabalho antes da parada”, avaliou o craque são-paulino.