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Everton entrou em campo neste domingo pilhado, cheio de disposição, ao seu estilo, correndo muito e sendo incisivo no ataque do São Paulo. Tanta disposição acabou gerando um cartão amarelo ao atacante em poucos minutos de confronto com o Ceará. Como já tinha dois cartões acumulados, Everton a partir dali já sabia que não poderia enfrentar o Fluminense na próxima rodada. Não bastasse isso, o jogador sentiu uma fisgada na coxa esquerda e precisou ser substituído de imediato na etapa final. Agora, Diego Aguirre terá de aguardar os exames para saber o tamanho de sua dor de cabeça, já que Everton, nas palavras do próprio treinador, tem uma característica única no elenco tricolor.
“Everton é um dos jogadores mais importantes que nós temos, foi um reforço espetacular, então, é difícil ter alguém desse nível. Não tem, mas são coisas que acontecem, temos de buscar alternativas. Me lembro como foi contra o Corinthians, não estava o Everton, buscamos outras alternativas e ganhamos o jogo”, comentou o comandante uruguaio, sem esconder sua lamentação. “Estou preocupado. É o único machucado que temos no DM (departamento médico). Vamos esperar, torcer que não seja muita coisa e que ele possa voltar rapidamente”, completou.
Além disso, Diego Aguirre não contará com Nenê e Jucilei diante dos cariocas. A dupla também estava pendurada e acabou advertida com cartão. O volante por uma falta no meio-campo e o meia por causa de excesso nas reclamações. Nesses casos, porém, o técnico são-paulino se mostrou mais tranquilo.
“Teremos de buscar alternativas para substituir Jucilei, Nenê. Faz parte das coisas normais, não estou preocupado com isso”, resumiu.
Modificar a forma de jogar e rodar o elenco não parece mesmo ser problema para Aguirre. O técnico deu oportunidades para praticamente todos seus jogadores, independente da importância dos jogos. Mudanças no meio das partidas também são frequentes e quase sempre dão certo. Contra o Ceará, por exemplo, o treinador promoveu o retorno de Régis ao time no segundo tempo, adiantando Bruno Peres. Resultado: gol de Bruno Peres.
“Foi uma variante. Consideramos que joga tanto na linha de quatro defensiva, quanto como volante. Buscamos alterativa, deu certo, ele acabou marcando o gol. É um jogador de alto nível, importante, porque no mesmo jogo podemos fazer essas trocas. Ele joga de lateral, volante por dentro, volante externo… Fico feliz, porque ele está evoluindo e ainda não vimos a melhor versão de Bruno Peres”, analisou o comandante, evitando direcionar os holofotes para si.
“Eu tenho a sorte de estar trabalhando com jogadores de alto nível, experientes, com muita maturidade. Eles acreditam, e estamos juntos. Eu falo para eles, para conversarmos, a porta está sempre aberta, não é uma ideia por imposição, e sim por convicção”, cravou.
Entre as várias possibilidades para a 22ª rodada, as tendências são Liziero na vaga do jovem Luan, Hudson de volta no lugar de Jucilei e Shaylon na posição de Nenê. A ausência de Everton é a que gera mais dúvidas. Reinaldo pode ser adiantado, com Edimar entrando na lateral, como foi contra o Corinthians, ou Bruno Peres pode atuar como ponta, dando espaço para Régis na lateral direita, como Aguirre fez contra o Ceará. Everton Felipe também pode aparecer entre os titulares.