Sidão volta à berlinda e São Paulo é pressionado pela torcida

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UOL

Bruno Grossi e José Eduardo Martins.

Embora o São Paulo coloque as reclamações contra a arbitragem à frente, há mais para encarar nos próximos dias. Sidão falhou no gol da derrota por 1 a 0 para o Atlético-MG, na última quarta-feira, e a pressão da torcida para que o goleiro deixe o time titular se intensifica cada vez mais.

Os protestos contra o camisa 12 haviam reduzido após a defesa que ajudou o time a garantir a vitória por 1 a 0 sobre o Ceará na 21ª rodada, mas lances contra Fluminense e Galo o recolocaram na berlinda. No primeiro desses jogos, muitos torcedores o culparam pelo gol contra de Anderson Martins – embora a comissão técnica o tenha absolvido – e também por demorar para repor a bola em tiros de meta, com o time precisando vencer.

Já diante dos atleticanos, o erro foi mais claro, ainda que uma falha coletiva da defesa tenha iniciado o lance. Após cruzamento da direita, os marcadores que estavam na área tentaram fazer linha de impedimento, mas sem muito tempo para deixar os rivais em condição irregular. Mas como a bola foi fechada, Sidão poderia ter saído.

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Em vez disso, acompanhou a trajetória da bola correndo e esperando que ela caísse, sem ver a chegada de Ricardo Oliveira. O centroavante cabeceou na trave e Régis, sem conseguir reagir, fez gol contra. Em lance semelhante, por escolher seguir a trajetória da bola, o goleiro já havia permitido cabeçada de Dudu contra o Palmeiras, em 2 de junho. No mesmo clássico, rebateu para o meio da área e Willian marcou.

Desde então, o São Paulo encarou momentos muito mais positivos na temporada, incluindo atuações seguras do arqueiro contra Flamengo, Cruzeiro e Paraná, além do Ceará. Mas em outros jogos, Sidão vacilou e contou com a sorte para não ser vazado, como contra a Chapecoense.

O goleiro chegou a ser o capitão do Tricolor, posto que perdeu depois que cumpriu suspensão contra o Corinthians. Nessa mesma partida, Jean passou a receber mais chances de Diego Aguirre, embora também não tenha mostrado um nível tão superior para tomar a vaga de titular. Na Copa Sul-Americana, quando o time foi eliminado pelo Colón, tomou um golaço no ângulo e não conseguiu defender nenhuma das cobranças de pênalti dos argentinos.

O próprio Jean chegou a lamentar a queda no torneio, imaginando que não atuaria mais nesta temporada. Mas internamente, antes mesmo dos protestos contra Sidão aumentarem nos dois últimos jogos, já se planejava dar mais oportunidades para o camisa 1. Sob pressão da torcida, que não deve perdoar o atual titular no duelo de sábado, no Morumbi, contra o Bahia, o São Paulo precisa cuidar de sua meta: blindando Sidão ou preparando Jean, sem ritmo, para defender a equipe até o fim do Brasileirão.

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