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Quando o São Paulo foi eliminado na Copa Sul-Americana, há cerca de dois meses, Jean disse que dificilmente jogaria novamente em 2018. A oportunidade, entretanto, surgiu no último domingo: diante das críticas ao titular Sidão, Diego Aguirre optou por dar uma chance ao goleiro contratado ao Bahia. E a despeito da derrota por 3 a 1 para o Internacional, ele deixou a impressão de que pode dar conta do recado.
Sem qualquer responsabilidade nos gols marcados por Leandro Damião e por Nico López, Jean chegou a fazer boas defesas (ver vídeo abaixo) e, por alguns minutos, conteve a pressão do Internacional. No segundo tempo, parou cobrança de falta venenosa de D’Alessandro e saiu bem nos pés de Rodrigo Dourado na área.
Por outro lado, também teve dois momentos de falhas. Em uma saída de bola com os pés, chutou sobre Damião e causou calafrio. Na etapa inicial, furou ao tentar cortar um cruzamento e quase se concretizou um gol do colorado Patrick.
Aguirre, que minimizou a modificação em entrevista pós-jogo, tenta dessa maneira tirar um pouco da pressão que existe sobre o São Paulo. Há cinco jogos sem vencer, o time dirigido pelo uruguaio se distanciou sete pontos da liderança e tinha justamente sobre Sidão um dos focos de insatisfação na arquibancada.
ITAMAR AGUIAR/AGÊNCIA FREE LANCER/ESTADÃO CONTEÚDO
Jean faz defesa contra o Internacional: bom desempenho
“Uma decisão como tantas outras. Eu acho que era uma boa opção para hoje e como tantas decisões que permanentemente tenho que tomar, não tenho muita coisa mais que isso para falar”, analisou, rapidamente, Aguirre depois da derrota no Beira-Rio.
Sidão era titular do São Paulo desde o início da era Aguirre, em março. Nos jogos mais recentes, chegou a ser xingado até mesmo quando não teve culpa no Morumbi, como na vitória sobre o Ceará ou no empate com o Fluminense. No triunfo, fez uma defesa milagrosa que assegurou os três pontos. Já diante do Flu, o erro que Aguirre apontou ser de Anderson Martins foi atribuído a ele, tratado como vilão. Falhas importantes, de fato, não foram tantas recentes – contra o Atlético-MG, no início de setembro, foi a última.
A pressão por uma mudança no gol, entretanto, abriu caminho para nova chance a Jean, que tinha 9 jogos na temporada contra 46 de seu concorrente interno. Agora, são mais nove jogos para tentar devolver confiança ao setor, aos companheiros e também para a arquibancada.
Eu achei ele “menos pior” que o Sidão. De aproveitável no jogo de ontem só as ausências do Bruno Peres e do Anderson Martins para o próximo jogo, de resto jogo para esquecer.
Se com Jean levou 3 com Sidão quantos seriam?