Por Carlinhos Novack e Abrahão de Oliveira
No dia 7 de agosto de 2018, uma terça feira, o São Paulo inaugurou um espaço dedicado a ídolos e grandes jogadores que contribuíram com a nossa história. Chamado de “Caminho dos Ídolos” (já que “Calçada da Fama” é um registro perpétuo de Hollywood e que, obviamente, não poderia ser utilizado), o espaço homenageia atletas de todas as épocas de nossa história.
O evento, que tinha tudo para ser festivo, acabou gerando uma grande polêmica nas semanas subsequentes. A grande questão para o acontecido ficou por conta da ausência de Richarlyson, importante volante que participou de diversos títulos do Campeonato Brasileiro, além de compor o elenco campeão do Mundo de 2005.
A dúvida que se gerou foi: por qual razão seu nome não estava no “Caminho dos Ídolos”? Claro que, para aqueles que praticam o mal jornalismo, as brincadeiras de péssimo gosto e o preconceito falaram mais alto e disseram barbaridades sobre o projeto, a iniciativa e os motivos pelos quais o atleta não figurava entre os nomes homenageados.
É preciso, entretanto, conhecer um pouco mais do projeto para entender como ele se desenvolveu e como continuará se desenvolvendo no futuro. O Caminho dos Ídolos, vale dizer, não está pronto e nem é uma ideia recente.
O projeto foi ideia do conselheiro Itagiba Alfredo Francez, que fez a propositura de homenagear grandes atletas do clube por volta de 2011/2012. A ideia foi aprovada por unanimidade pelo Conselho Deliberativo do Clube e ficava a demanda para executá-lo de maneira satisfatória.
Apesar de suas intensas reclamações e pedidos para que o projeto andasse, Itagiba não obteve sucesso até a chegada de Homero Bellintani Filho. Foi ele quem fez o projeto, levantou os dados dos atletas, foi atrás de agentes financiadores da ideia e apresentou diversas relações ao Conselho Consultivo do SPFC.
No início eram 250 nomes que, posteriormente, foram reduzidos para 200, 151 e, no fim, ficaram 99 nomes para a primeira fase. Ninguém sabe a razão dos 99 nomes, mas é o que foi aprovado pelo Conselho e assim seguiu a ideia.
Em entrevista exclusiva para a SPNet, Bellintani afirma que a torcida teve um papel importante no processo de escolha dos ídolos, opinando em quem deveria compor a calçada e quem não deveria. A contribuição de todos, portanto, foi fundamental.
Voltando ao caso do Richarlyson, o conselheiro afirma que nem ele e que nenhum outro jogador foi deixado de lado. Mais do que isso, ele nos disse que foi dito em alto e bom som, para toda a imprensa, que se tratava do começo da ideia, da primeira etapa do Caminho dos Ídolos que, posteriormente, terá mais duas etapas.
Vale dizer que absolutamente nenhum atleta se recusou a receber a honraria e que diversas famílias se emocionaram muito ao verem os nomes de seus entes queridos ali, como aconteceu com as famílias de: José Poy, Araken Patusca, Friedenreich, Toninho Guerreiro, Dias e de Jurandir.
A expectativa, ainda segundo Bellintani, é a de que o Caminho tenha ainda mais pedras e o Richarlyson fará parte da segunda fase da homenagem. Com sua história, bagagem e contribuição, trata-se de um nome importante da história recente do São Paulo. Outros atletas importantes da história vitoriosa do São Paulo também comporão a calçada, como: Gilberto Sorriso, Ivan Rocha, etc.
As polêmicas vazias e sem sentido criadas, em muitos casos, por jornalistas influentes, foram apenas para ganhar audiência em cima de uma iniciativa do clube que nem está pronta.
Confira a relação dos homenageados da primeira etapa no Caminho dos Ídolos:
- Adílson
- Alfredo Ramos
- Aloísio
- Amoroso
- André Luiz
- Antônio Carlos
- Araken Patusca
- Bauer
- Belletti
- Bellini
- Bernardo
- Bezerra
- Cafu
- Canhoteiro
- Careca
- Chicão
- Cicinho
- Danilo
- Darío Pereyra
- De Sordi
- Denílson
- Dinho
- Dino Sani
- Doriva
- Edcarlos
- Edmílson
- Elivélton
- Fabão
- Falcão
- França
- Friaça
- Friedenreich
- Gérson
- Gilmar
- Gino Orlando
- Hernanes
- Jose Poy
- Josué
- Juninho
- Junior
- Jurandir
- Kaká
- King
- Leonardo
- Leônidas
- Lugano
- Luís Fabiano
- Luizinho
- Mário Sérgio
- Maurinho
- Mauro
- Mineiro
- Miranda
- Mirandinha
- Müller
- Muricy
- Nelsinho
- Noronha
- Oscar
- Pablo Forlán
- Palhinha
- Paraná
- Pardal
- Pedro Rocha
- Peixinho
- Pintado
- Piolim
- Pita
- Raí
- Remo
- Renato
- Renganeschi
- Riberto
- Ricardo Rocha
- Roberto Dias
- Rogério Ceni
- Ronaldão
- Ronaldo Luís
- Ruy
- Sastre
- Serginho Chulapa
- Sídnei
- Silas
- Teixeirinha
- Terto
- Toninho Cerezo
- Toninho Guerreiro
- Válber
- Víctor
- Virgílio
- Vítor
- Vizolli
- Waldir Peres
- Zarzur
- Zé Carlos
- Zé Sérgio
- Zetti
- Zezé Procópio
- Zizinho