Thiago Volpi encara pressão após início irregular e vacilos em clássicos

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UOL

Alan Morici/AGIF
Tiago Volpi pede falta no lance que acabou com gol do Corinthians domingo passado Imagem: Alan Morici/AGIF

O início de ano com crise no São Paulo tem mais um problema a ser resolvido – não bastasse a troca de técnico, a queda precoce na Copa Libertadores da América e os frequentes protestos da torcida. Será preciso resgatar o goleiro Tiago Volpi, que tem começo irregular pelo Tricolor e acabou marcado por mais um vacilo em clássicos na temporada.

Foram dez partidas, incluindo os dois tempos disputados por ele na Florida Cup, totalizando 13 gols sofridos. Os números em si já são ruins, principalmente em comparação a 2018, quando o São Paulo teve sua melhor marca defensiva em 11 anos. Mas a insegurança gerada entre os torcedores fica ainda maior pelo histórico recente de goleiros do clube.

Desde a aposentadoria de Rogério Ceni, no fim de 2015, cinco jogadores foram testados na posição. Denis e Sidão foram os mais criticados, Renan Ribeiro teve problemas para renovar e saiu sem se firmar e, por último, Jean causou preocupação pelo comportamento. 

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Volpi chegou respaldado pela torcida nas redes sociais, que se encantava pelos vídeos de suas defesas pelo Querétaro, do México. Os pênaltis defendidos também esquentaram as expectativas. Mas em dois dos principais testes que teve até agora pelo São Paulo, o goleiro não teve bom desempenho.

Contra o Santos, na terceira rodada do Campeonato Paulista, ficou marcado por não ter saído do gol no contra-ataque que terminou em gol de Derlis González, que definiu o triunfo do Peixe no Pacaembu. Já no domingo passado, contra o Corinthians, errou o tempo de bola ao tentar cortar cruzamento de Fagner, trombou com Vagner Love e viu a bola passar limpa para Gustavo fechar o 2 a 1 para os alvinegros.

Na saída do gramado da Arena Corinthians, Volpi considerou que não falhou e acusou falta de Love. Mas mostrou abatimento com mais um tropeço do São Paulo. O goleiro tem personalidade forte e participa bastante das partidas, orientando o time.

Há confiança dentro do clube de que ele conseguirá atingir melhor forma durante o empréstimo de um ano ao Tricolor. Só que a disputa pelo gol pode mais uma vez ficar aberta com a troca de treinador. Cuca ainda não começou os trabalhos de campo, que seguem nas mãos do interino Vagner Mancini, mas costuma basear a escolha de seus goleiros na opinião dos preparadores.

A função é ocupada por Marquinhos Troucourt no São Paulo desde agosto de 2017. Antes, Carlos Gallo e Haroldo Lamounier passaram pelo cargo. Todos encararam momentos de crítica pela preparação dos substitutos de Rogério Ceni. Hoje, o Tricolor se diz satisfeito com a atuação de Marquinhos.