Peres explica veto do Santos a Vitor Bueno no São Paulo e diz: “Problema dele”

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GazetaEsportiva.net

Lucas Musetti Perazolli

Vitor Bueno tenta convencer o Santos a ir para o São Paulo (Divulgação)

O presidente do Santos, José Carlos Peres, explicou o veto ao empréstimo de Vitor Bueno no São Paulo. A janela internacional de transferências fecha às 23h59 (de Brasília) desta quarta-feira e o reempréstimo não deve ocorrer.

O meia-atacante não tem espaço no Dínamo de Kiev, da Ucrânia e, mesmo assim, o Peixe não quer colocá-lo em outro clube. Ele foi trocado por empréstimo até junho de 2020.

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“A gente libera na hora, desde que o Dínamo fale quanto custa o Derlis para fazer o reempréstimo do Dínamo. Aquilo que é viável a um clube brasileiro, cinco ou seis milhões de dólares”, disse Peres.

“Problema é dele. Se eu te contrato, você tem contrato comigo. Qual é a obrigação do Vitor Bueno? Continuar e cumprir contrato. Derlis cumpre, dá o sangue, é um dos melhores ou talvez o melhor do time. Batalhou, encontrou dificuldade, se adaptou, se virou. Brasileiro tem que fazer o mesmo, lutar para ser titular. Salário de lá nunca ganharia aqui. Muito alto”, completou.

Como antecipado pela Gazeta Esportiva, o Tricolor quer Bueno por uma temporada e aceita até não ter valor de compra fixado. O Dínamo de Kiev não vê o problema na saída para deixar de pagar o salário.

Bueno teria o aval de Jorge Sampaoli para retornar ao Santos, mas a diretoria não se empolga e ainda há a diferença salarial de três vezes mais na Ucrânia. Dessa forma, o meia-atacante vê o São Paulo como uma saída para não precisar voltar e seguir fora dos planos na Europa.

O presidente Peres e o empresário Juliano Leonel trocaram farpas públicas. O agente vê chantagem, já que não é responsável por Derlis e não poderia negociar um valor de compra no Dínamo. O mandatário, em compensação, alega que o profissional quer mandar no clube.

Outra motivação de Peres para complicar a vida do São Paulo é a lembrança de uma atitude da diretoria rival em fevereiro. O Tricolor tinha prioridade pela compra de Cueva e não quis repatriá-lo, mas esperou até o fim das 48 horas para se posicionar e atrasou as tratativas. Vale destacar que o contrato de Derlis, independentemente do destino de Bueno, segue o mesmo por ora. O paraguaio está emprestado até julho de 2020, sem valor de compra fixado. O Dínamo pagou 10 milhões de euros (R$ 44 mi) para tirá-lo do Basel-SUI, em 2015.

Vitor Bueno atuou por 80 minutos em quase oito meses e nem sequer jogou partidas oficiais em 2019. Depois da chegada à Ucrânia, entrou em campo contra Chornomorets, Desna e Mynai entre agosto e outubro do ano passado. Três partidas saindo do banco de reservas e sem marcar gol ou dar assistência. Uma lesão muscular na inter temporada dificultou ainda mais a afirmação no elenco.