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Bruno Grossi
![Marcello Zambrana/AGIF](http://conteudo.imguol.com.br/c/esporte/62/2019/07/10/tche-tche-volante-do-sao-paulo-1562799971980_v2_900x506.jpg)
Com a volta de Pablo, a torcida do São Paulo passou a criar expectativas sobre a escalação de um ataque de alto potencial, com Antony, Alexandre Pato municiando o centroavante e Hernanes na armação. Só que esse “quarteto dos sonhos” do Tricolor só deve ser colocado em prática contra o Palmeiras às 19h deste sábado, no Morumbi, por causa da presença de Tchê Tchê.
Nos últimos treinos, Cuca armou o São Paulo com Tiago Volpi, Hudson, Bruno Alves, Arboleda e Reinaldo; Luan, Tchê Tchê e Hernanes; Antony, Alexandre Pato e Pablo. Tchê Tchê apresentou um posicionamento diferente do que demonstrava antes da parada do Campeonato Brasileiro. Em vez de apoiar mais pela direita, ocupou o lado esquerdo do campo. Isso tem uma explicação.
Na direita, Hudson é o lateral e é bastante conservador, com mais virtudes defensivas do que ofensivas. Do outro lado, Reinaldo é o oposto: ataca melhor do que marca. Além disso, tem Pato atuando à frente na mesma faixa do gramado e o atacante não tem características de recomposição rápida. Para evitar que os rivais explorem as costas da dupla Reinaldo-Pato, Cuca mandou Tchê Tchê para a esquerda. O volante tem velocidade e boa leitura de jogo para fazer a cobertura pelo lado.
Hernanes tem ficado mais centralizado e recebe o apoio de Antony na criação das jogadas. Em alguns momentos, o 4-3-3 é desfeito e se transforma em um 4-4-2 mais clássico, com duas linhas bem definidas e dois atacantes à frente. Essa é outra maneira de lidar com as dificuldades de recomposição de Pato. O time fica bem parecido com o de Diego Aguirre em 2018, quando Nenê e Diego Souza tinham mais liberdade à frente de duas linhas de quatro. Cuca sempre mostrou preocupação com essa dificuldade de Pato. Até por isso, quando o atacante ainda não estava na melhor forma física, o técnico evitou usá-lo aberto pela ponta.