Mesmo com psicologia de Diniz, apatia e oscilação voltam a preocupar o Tricolor

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UOL

Fernando Diniz ganhou fama no futebol como um técnico enérgico, que sabe como cobrar seus jogadores. Formado em psicologia, ele se preocupa em reservar um tempo na rotina de treinos para conversar regularmente com os pupilos. Ainda assim, o São Paulo voltou a oscilar de rendimento e apresentar a apatia que marcou os últimos jogos sob o comando de Cuca. Não só isso: o time tem mostrado a mesma dificuldade de antes para se recuperar dentro dos jogos – só conseguiu virar o placar no clássico com o Santos, nos últimos 18 jogos neste Brasileirão. Por isso, mais do que a questão tática, a postura na derrota por 2 a 0 para o Fluminense, ontem, no Morumbi, foi o que mais chamou a atenção dos torcedores. O resultado foi a vaia em volume alto.

“Não pode ter euforia quando ganha, nem se fazer de coitado quando perde. Tem de ser maduro o suficiente para ser uma equipe regular. Manter o pé no chão quando ganha e ser da mesma forma quando perde. Se a gente quer a vaga para a Libertadores, esses últimos sete jogos temos de encarar como finais. E parar de oscilar porque isso não vai nos levar para lugar nenhum”, disse o goleiro Tiago Volpi.

“A gente levou um gol quando fazia uma partida dentro do planejado. Quando levamos o primeiro gol, de uma falta desnecessária e tivemos falha de marcação, o time se desestabilizou. O Fluminense baixou as linhas e faltou mobilidade, e muita coisa para a gente. Depois que levamos o gol, concordo que foi a pior partida (sob seu comando)”, disse Diniz.

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Revolta da torcida

Os torcedores vaiaram bastante o time durante a partida de ontem. No segundo tempo, era possível ouvir o público gritar “olé” quando o Fluminense tocava na bola. No total, 17.650 viram o duelo no estádio. Com o revés e a vitória do Grêmio, o São Paulo caiu da quarta para a quinta colocação no nacional. Na próxima rodada, no domingo, no Morumbi, o time encara o Athletico.

“A gente sabe que o clube atravessa um momento que não é dos melhores da sua história. É normal que as pessoas, principalmente os torcedores, exijam, porque eles têm o mesmo sentimento que a gente, de querer uma estabilidade para o clube. É com essa intenção que venho aqui, descanso muito porque quero dar o melhor aqui. Não podemos desistir da nossa missão”, afirmou Daniel Alves.

Quem é desfalque e quem está pendurado

O São Paulo não tem jogadores suspensos para o próximo jogo e poderá contar com o retorno de Igor Gomes, que ficou fora do duelo com o Fluminense por receber o terceiro cartão amarelo. Para o confronto com o Athletico, o time tem como pendurados: Alexandre Pato, Antony, Anderson Martins, Liziero, Tchê Tchê, Raniel e Pablo. Everton (ligamento do joelho) e Joao Rojas (cirurgia no joelho) seguem machucados e estão fora.

Qual é o maior problema do São Paulo?

Opinião dos blogueiros

Menon

Ao desastre tático anunciado, some-se a falta de fibra. A mesma que apareceu contra Cruzeiro e Palmeiras. Um time sem jogadores que, ao menos, tentem resolver de uma forma ou outra: um drible, uma disputa mais dura, uma cabeçada. É um time em que não se pode confiar. Um time sem caráter.

Juca Kfouri

O Fluminense respira aliviado e o São Paulo passa nova vergonha em sua casa, na primeira derrota de Diniz no Morumbi. Daniel Alves, Pablo, Hernanes, Pato, difícil dizer quem decepciona mais.

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