Diniz tenta transformar desempenho em resultado contra ex-clube

144

UOL/LancePress

Muita gente não lembra, mas Fernando Diniz já foi técnico do Oeste, clube que será adversário do São Paulo na sétima rodada do Campeonato Paulista, às 16h30 (de Brasília) do próximo sábado, na Arena Barueri. Foi no segundo semestre de 2016, logo depois de ter levado o Audax ao vice-campeonato paulista. Os dois clubes firmaram uma parceria que fez o Oeste herdar parte do elenco e o estádio do Audax, em Osasco, além do treinador. A diretoria também mudou: quem tocou o futebol do Oeste naquele semestre foi Mário Teixeira, homem forte do Audax, e não Aparecido Roberto de Freitas, o “Cidão”, executivo do clube rubro-negro há vários anos, inclusive atualmente.

Com Diniz no comando, o Oeste fez uma campanha ruim na Série B e terminou em 16º, uma posição acima da zona de rebaixamento. A equipe se livrou da Série C na última rodada ao bater o Náutico por 2 a 0, na Arena Pernambuco, com gols de Pedro Carmona e Mike. Aquele triunfo quebrou uma sequência de 16 partidas sem vitória, com nove empates e sete derrotas. Diniz dirigiu o time por 37 rodadas – a parceria foi firmada pouco depois da derrota por 1 a 0 para o Atlético-GO, na primeira rodada, em que o Oeste ainda era comandado por Roberto Fonseca- e acumulou oito vitórias, 17 empates e 12 derrotas.

Na época, assim como tem acontecido no São Paulo, a análise é de que os resultados não acompanhavam o desempenho do time. O Oeste foi o líder em posse de bola e passes certos na Série B, mas acabou com o segundo pior ataque, com apenas 32 gols marcados (o lanterna Sampaio Corrêa fez 29). “Não seria inteligente da minha parte mudar. Criamos várias chances de gol e estamos jogando bem, apesar dos resultados. Se eu mudar o estilo, não vou ganhar nada com isso”, disse Diniz, à época, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.

Publicidade

Diniz deixou o Audax em 2017 e dirigiu Athletico-PR e Fluminense antes de chegar ao São Paulo, em setembro de 2019. Após uma campanha cheia de oscilações na reta final da temporada passada, o Tricolor tornou-se uma equipe especialista em criar chances de gol (são 116 finalizações em seis rodadas do Paulistão), mas com dificuldades para marcar (são apenas seis gols). As três rodadas sem vitória fizeram a torcida chamá-lo de burro no clássico contra o Corinthians, no último sábado, mas a diretoria está satisfeita com o trabalho e não pensa em mandá-lo embora. A expectativa é transformar desempenho em resultado, a começar pelo encontro com o ex-clube.