GloboEsporte
Eduardo Rodrigues
Levantamento também inclui bônus, revendas e mecanismos de solidariedade.
O São Paulo faturou R$ 605 milhões com vendas de jogadores durante a gestão do presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco. O período corresponde entre o dia 13 de outubro de 2015, data da renúncia do ex-presidente Carlos Miguel Aidar, e esta sexta-feira. O mandato de Leco irá até o fim deste ano.
A conta realizada pelo GloboEsporte.com levou em consideração os valores em reais de cada época da venda, não os transformando para a cotação atual. Ou seja, não houve correção na inflação, já que o dinheiro que entrou em caixa foi utilizado pelo clube naquele determinado momento das vendas.
Militão, Antony e David Neres foram as vendas mais caras do São Paulo — Foto: Editoria de Arte
No “pacote” vendas (conforme mostrado no gráfico no fim da página) algumas situações foram inclusas no valor total os bônus por desempenho, porcentagens de revenda e mecanismos de solidariedade. Explicamos cada um abaixo:
David Neres
Negociado com o Ajax, da Holanda, em 2017, o atacante foi vendido por R$ 50,7 milhões, e o São Paulo ainda manteve 20% de uma venda futura do jogador. Na venda de Antony ao Ajax, na semana passada, os clubes acertaram a venda desses 20% por R$ 32 milhões. David Neres ainda cumpriu metas no time holandês e rendeu mais R$ 2,3 milhões ao Tricolor. No fim das contas, sua transferência saiu por R$ 85 milhões.
Éder Militão
Quando deixou o São Paulo em 2018, Éder Militão foi negociado com o Porto, de Portugal, por R$ 30,6 milhões. Destes, o Tricolor recebeu R$ 17,7 milhões e os outros R$ 13,1 milhões foram para os empresários do atleta. No entanto, o São Paulo ainda faturaria mais R$ 25 milhões com os 10% da venda dele ao Real Madrid e mais 2,8% do mecanismo de solidariedade da Fifa. Total: 42,7 milhões
Rodrigo Caio
O São Paulo vendeu 45% dos direitos do zagueiro ao Flamengo no fim de 2018 por cerca de R$ 22,5 milhões. Por ele ter cumprido metas, o clube carioca foi obrigado a comprar mais 15% dos direitos econômicos por R$ 4,5 milhões. O valor total dessa transferência até o momento é de R$ 27 milhões. O Flamengo ainda pode adquirir mais cotas do atleta que pertencem ao Tricolor.
Rodrigo Caio foi para o Flamengo — Foto: Marcelo Cortes / Flamengo
Lucas Pratto
O acordo pela transferência de Pratto foi de R$ 44,4 milhões, mas o São Paulo ficou com R$ 32,9 milhões por conta de cláusulas acertadas na época da contratação de Pratto junto ao Atlético-MG. Ainda havia metas em seu contrato caso ele ganhasse a Libertadores com o River Plate, e essa cláusula se concretizou em 2018, rendendo mais R$ 4,45 milhõesao São Paulo. Total: R$ 37,35 milhões.
Paulo Henrique Ganso
A negociação com o Sevilla, da Espanha, foi fechada em R$ 34,4 milhões, em 2016, mas o São Paulo recebeu R$ 18,1 milhões no negócio. Já o Grupo DIS, que participou da transferência à época, ficou com R$ 16,3 milhões.
Paulo Henrique Ganso durante partida pelo Sevilla — Foto: REUTERS/Srdjan Zivulovic
Antony
A última negociação feita pela diretoria do Tricolor aconteceu na semana passada. Antony foi comprado pelo Ajax, da Holanda, por R$ 74 milhões. No acordo, ainda ficou definido a venda de 20% de David Neres (R$ 32 milhões). Por metas que podem ser cumpridas pelo atacanteno novo clube, o São Paulo ainda pode faturar mais R$ 28 milhões.
Jogadores que o São Paulo manteve porcentagem de direitos econômicos:
- Morato (15%), Rodrigo Caio (30%), Alan Kardec (30%), Ademilson (40%), Lucas Fernandes (50%), Tuta (30%) e Buffarini (20%).
Jogadores que o São Paulo manteve porcentagem de revenda:
- Antony (20% de mais-valia), Centurión (10%) e Ewandro (10%)
Veja abaixo todas as negociações da Era Leco:
Negociações da Era Leco — Foto: Editoria de Arte