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O técnico Fernando Diniz falou em entrevista ao podcast Os Canalhas, do Uol, sobre o engajamento de Tchê Tchê em causas sociais. O camisa 8 do São Paulo tem se manifestado sobre o racismo e chegou a participar de um protesto realizado no início de junho. O meio-campista, inclusive, tem tatuados em sua pele os rostos de Malcom X e Martin Luther King, dois dos principais nomes do movimento negro.
Diniz e Tchê Tchê se conhecem desde os tempos de Audax. De acordo com o treinador, a postura combativa do atleta em relação ao racismo não é recente.
“O Tchê Tchê sempre foi um menino engajado. Ele sempre foi um menino sofrido e, ao mesmo tempo, um garoto de muita personalidade. Ele sempre soube se defender e ele tem uma boa formação, ele é um menino da periferia lá dos confins da Zona Leste, ele é lá de Guaianases o Tchê Tchê, mas ele deu a sorte de ter uma mãe e um pai muito presentes, então ele sabe, ele tem orgulho de ser quem ele é”, disse Fernando Diniz.
“Ele sempre teve esse orgulho, mas sempre tem essa ferida narcísica da discriminação que a gente sabe que o negro sofre no Brasil. Não adianta a gente ficar tapando o sol com a peneira, e o Tchê Tchê sempre soube se posicionar, então agora não foi uma coisa de oportunismo, muito pelo contrário, ele é um menino super engajado. Tanto é que você viu lá que ele tem uma tatuagem do Malcolm X, tem uma tatuagem do Martin Luther King, ele sabe do que ele está falando, daquilo que se inspira, ele sempre gostou do samba, ele sempre gostou do rap, então é um menino muito especial”, completou.
Dentro de campo, Tchê Tchê é uma das principais peças da equipe de Fernando Diniz. Antes da paralisação por conta da pandemia do novo coronavírus, o camisa 8 do Tricolor formava o meio-campo com Daniel Alves e Igor Gomes, trio que vinha se consolidando.
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