Diniz admite falhas do São Paulo e mira última rodada: “Não tem de pensar no Corinthians”

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GloboEsporte

 Eduardo Rodrigues

Técnico comenta derrota para o Bragantino e fala sobre possível “ajuda” a rival contra o Guarani.

O técnico Fernando Diniz, do São Paulo, admitiu falhas na derrota por 3 a 2 para o Bragantino, nesta quinta-feira, no Morumbi. Os gols foram marcados por Pablo (duas vezes), Morato, Matheus Jesus e Artur.

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– Na realidade falhamos mais do que deveríamos na parte defensiva. Mais coletiva, não é ninguém específico. Mesmo com a parada, claro que nós iríamos sentir um pouco, poderíamos ter jogado melhor – disse o treinador, na saída do gramado.

Fernando Diniz — Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net

Fernando Diniz — Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net

O treinador também respondeu a respeito de uma possível “ajuda” ao Corinthians na última rodada. Isso porque o rival depende de um tropeço do Guarani contra o Tricolor, neste domingo, às 16h, na Vila Belmiro.

O Corinthians precisa de um empate ou uma vitória do Tricolor, além de vencer seu jogo contra o Oeste, para se classificar às quartas de final.

– O São Paulo não tem de pensar no Corinthians, tem que pensar no São Paulo. Temos de vencer o maior número de jogos possível e pensar na conquista do campeonato. Não tem de ficar pensando em outro time a não ser o São Paulo.

O jogo contra o Guarani será na Vila Belmiro, porque a cidade de Campinas não pode receber jogos de futebol por causa da pandemia de Covid-19. O mando é do Bugre.

Apesar da derrota para o Bragantino, o Tricolor está garantido no mata-mata do Paulistão.

Veja a entrevista coletiva de Fernando Diniz após São Paulo x Bragantino

Veja a entrevista coletiva de Fernando Diniz após São Paulo x Bragantino

Leia a entrevista do técnico Fernando Diniz:

Avaliação do jogo

– Claramente o time sentiu a falta de ritmo, da forma que a gente parou e retornou, mas fazendo uma avaliação geral a gente poderia ter produzido mais do que produziu no jogo.

Cinco substituições ajudam na parte física, mas atrapalham o entrosamento? É um desafio para o treinador?

– É um desafio pela questão do tempo parado. Acabou sendo uma necessidade (cinco substituições) e eu não gosto muito de fazer muitas mudanças. Eu gosto de mexer no time para melhorar. Hoje a gente mexeu para poder melhorar, não por conta de ter cinco substituições ou mexer de maneira protocolar. Às vezes eu não uso nem as três que eu tenho direito dadas nas condições normais. Hoje fiz as mudanças para tentar melhorar a equipe e tentar o empate e quem sabe virar.

O sistema defensivo deu mais espaços e sofreu três gols pela primeira vez no ano. Isso preocupa?

– Não é uma coisa para se preocupar. Ao mesmo tempo também foram três bolas no gol. As três bolas que chutaram e foram dois gols de fora da área. Não adianta falar de sistema defensivo jogou mal nesse sentido. A equipe poderia ter jogado melhor, mas não foi que a gente foi envolvido.

– O único passe que entrou na linha de defesa de fato foi o segundo gol que foi um erro coletivo, de linha de passe ficou muito aberta e depois teve uma jogada individual do jogador do Bragantino e acertou um belo chute. Não é que foi o sistema defensivo que foi mal e deu muitas chances. Na realidade o Volpi não fez nenhuma defesa. Eles tiveram felicidade nos arremates e conseguiram fazer três gols.

Quais pontos o time evoluiu e quais precisam ser consertados?

– Se a gente considerar da maneira que a gente parou não tem ponto em evolução. Pelo contrário, a gente precisa melhorar em todos os aspectos do jogo, tanto na construção, na agressividade, na marcação, na reação após a perda da bola, na saída com o goleiro que é um ponto forte do nosso time.

– Então a gente tem muitas coisas para melhorar se você considerar da parada a gente tem muita coisa para melhorar. Da maneira que a equipe voltou, depois de quase quatro meses, a gente evoluiu bastante na questão física, técnica e tática trabalhamos pouca coisa.

– Não dava para fazer muito tático, uma vez que os jogadores estava com déficit físico, de jogo coletivo. Então a gente priorizou a intensidade física nos treinamentos e a gente colocou a parte tática em segundo plano, que a gente vai começar ajustar agora. Com o início do calendário a gente vai ter que trabalhar a parte tática, porque não vai ter tempo para treinos intensos.

Daniel Alves e Tchê Tchê estão suspensos. Pretende poupar jogadores pendurados e preparar o time para as quartas de final?

– Essa é uma possibilidade. Não tem nada definido ainda. Já estava pensando nisso. Vamos ver como os jogadores vão chegar para serem reavaliados fisicamente. Temos até domingo para definir isso.

Corinthians depende do São Paulo contra o Guarani na última rodada para se classificar

– O São Paulo não tem de pensar no Corinthians, tem que pensar no São Paulo. Temos de vencer o maior número de jogos possível e pensar na conquista do campeonato. Não tem de ficar pensando em outro time a não ser o São Paulo.

Escolha do Pablo para substituir Antony e quais as diferenças entre eles

– São características completamente diferentes. O Pablo é um jogador de área e de último toque. Hoje (quinta-feira) fez um bonito gol de fora da área e um muito da característica dele, de cabeça. Então são jogadores que praticamente não se assemelham em nada.

– O Antony é um jogador de muito drible, agilidade e velocidade. Tem o um contra um fantástico. O Pablo é um jogador mais interno e que contribui muito também na fase defensiva. Um jogador alto, acostumado a fazer gols. Foi premiado com dois gols pelo esforço que sempre tem, pela pessoa que é, um jogador que se dedica de maneira intensa para defender bem o clube e colaborar em todos os sentidos com a equipe.

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