Diniz reconhece falta de criatividade, mas comemora São Paulo competitivo

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UOL

O São Paulo venceu o Fortaleza por 1 a 0 em sua estreia no Campeonato Brasileiro, hoje (13), no Morumbi. Apesar dos três pontos conquistados, o técnico Fernando Diniz admitiu a falta de criatividade do seu time, que teve apenas duas chances reais de gol na partida. Em meio às críticas ao setor ofensivo, o treinador fez elogios à vitória – obtida, segundo ele, graças ao espírito competitivo – e à defesa, que não sofreu gols pela primeira vez após a retomada do futebol na pandemia.

“A análise do jogo é positiva no sentido do resultado, precisávamos vencer, e a equipe conseguiu fazer os três pontos, que era o mais importante para hoje. No sentido da marcação a equipe também esteve muito sólida, ofereceu poucas chances ao Fortaleza. Faltou um pouco de criatividade, algo que até tivemos contra o Mirassol e o Red Bull, finalizamos mais de 20 vezes nestes jogos, mas sem efetividade, e atrás a gente acabou tendo problemas. Hoje fomos um time seguro, que conseguiu fazer o que tinha que ser feito para vencer o jogo”, disse.

Questionado se o São Paulo entrou em campo “não para convencer, mas para vencer” por causa das duas alterações mais defensivas (Paulinho por Gabriel Sara e Liziero por Luan), o treinador explicou que o contexto da pandemia atrapalha no crescimento da equipe.

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Sempre é mais importante vencer [do que convencer]. A gente faz tudo para vencer o jogo. Quando jogamos bem é um estilo que eu gosto de jogar é mais para frente, mais ativo. Mas ficamos um grande tempo parados, é nosso terceiro jogo juntos. Hoje de maneira especial o mais importante era vencer, com certeza, até pelo momento que a gente está vivendo. O time voltou a ter um espírito competitivo e voltou a ganhar jogo, que era o que pretendíamos.

O São Paulo volta a campo no próximo domingo, às 16h, em São Januário, contra o Vasco.

Diniz - Rubens Chiri/saopaulofc.net - Rubens Chiri/saopaulofc.net

Veja outras declarações do técnico Fernando Diniz: Pato é opção só como centroavante? “Para esse jogo foi essa a possibilidade que achei melhor. Eu não sou de determinar uma coisa par sempre, se eu achar em determinado momento que o Pato pode jogar do lado certamente o colocarei. Mas para esse jogo foram as opções que eu achei que encaixasse melhor para a maneira que a equipe estava em campo.”

Entrada do Liziero agradou? “No preenchimento do meio-campo, sim, a equipe ficou mais segura. Mas no futebol as coisas não acontecem por conta de uma mudança ou outra, é um sistema muito complexo e as coisas acontecem ou não acontecem por muitos fatores, não é um único fator que deixa de acontecer. Mas de maneira geral acho que o Liziero fez um bom jogo e cumpriu bem sua função.”

Pretende estabelecer rodízio? “A gente vai ver como os jogadores estão e pode ser tanto uma coisa, quanto outra. Ficamos muito tempo sem jogar pela pandemia, depois fizemos dois jogos, esse é o terceiro. Tem a situação de manter a equipe para voltar a ter um padrão, mas precisamos ver como os jogadores estão e não queremos expor ninguém a lesão. Nosso elenco já é enxuto e temos que ver com os departamentos para tomar a melhor decisão.”

O elenco será reformulado? “O elenco é bom, desde quando eu cheguei aqui falei que era bom. A gente estava fazendo um primeiro semestre muito bom, aí teve a pandemia, esses dois jogos em que a gente foi muito mal no Campeonato Paulista, mas o elenco é muito bom. Pode ser que tenha uma ou outra contratação pontual, mas é um elenco que me satisfaz. Temos vários jogadores de Cotia que eu aposto e gosto, jogadores talentosos. À medida em que o trabalho vai evoluindo eles vão ficando com mais confiança e a gente pode apostar neles.”

O que esperar do Vasco? “O Vasco é uma equipe que está sendo muito bem treinada pelo Ramon, eu já vi alguns jogos no Estadual. Vamos analisar agora os jogos do Brasileiro. Jogar em São Januário é sempre difícil. Vamos lá para fazer uma boa partida, fazer nosso melhor e fazer um grande jogo.”

Como viu homenagens a Ceni? “Ele recebe as minhas homenagens também, sempre. Ele sabe que tem a minha admiração pelo que ele fez como jogador, ainda mais no clube que eu dirijo, em que ele é o maior ídolo da história. E sempre que posso eu tenho que elogiar, porque como treinador está construindo uma linda história também. Já é um dos grandes treinadores que temos no país. Está fazendo um trabalho excelente no Fortaleza desde sua chegada, não só no campo, como fora de campo. É um treinador que já é uma grande realidade hoje.”

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