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José Eduardo Martins
O futebol tem os seus jargões e peculiaridades. Apelidos e classificações são comuns entre os boleiros. No dia a dia, tem o “perna”, cheio de marra, o “bom jogador”, que dá conta do recado, e também o “marvado”, que é habilidoso e sabe se impor para não se intimidar com a pressão. No São Paulo, Diego Costa recebeu rapidamente o selo de qualidade de “marvado” dos colegas.
Desde os tempos de categorias de base, o defensor se destacava pelo espírito de liderança. Não por acaso, o atleta de 21 anos virou capitão da sua equipe. Como poucos, sabia dar ordens para os colegas e manter o respeito de todos. Além disso, era elogiado por ter uma leitura do jogo considerada acima da média para a idade.
Frio nos momentos mas importantes das partidas, o jovem foi peça importante na conquista da Copa São Paulo de Futebol Júnior do ano passado, quando foi o responsável por levantar a taça por ser o capitão. Já nessa época da base, ele despertou o interesse de outros clubes. O Tricolor, porém, fez questão de segurá-lo no clube. Com a chegada de Fernando Diniz, em setembro do ano passado, o caminho ficou ainda mais aberto para o jovem.
O treinador é um admirador do trabalho do zagueiro. Diniz achava que era questão de tempo para ele ter uma chance e se firmar no time titular. Para o técnico era uma aposta certeira a escalação do jogador. Versátil, ele atuou também como volante nas categorias de base e pode ser deslocado para o setor também no profissional, caso seja necessário. Até mesmo por ser considerado um “bom marvado” pelos colegas, não foi surpreendente para os tricolores a atuação de Diego Costa no clássico de domingo, contra o Corinthians. Na partida, ele não se intimidou com a pressão de Jô, que chegou até a dar um soco no são-paulino durante o confronto.
Caseiro e amigos no CT Diego Costa gosta de aproveitar o tempo livre com os familiares. O jogador tem uma irmã e um irmão. Desde os 16 anos no clube, ele criou laços com diversos colegas. O paraguaio Galeano, da base, Tuta, que foi para a Alemanha, eram muito próximos do defensor. Oriundos da base, Igor Gomes e Gabriel Sara também são amigos do zagueiro. O jogador também é bem próximo da menina Larissa, torcedora que virou símbolo do Tricolor na vitoriosa campanha do título da Copa São Paulo. A menina luta contra um câncer no cérebro e acompanhou de perto as partidas do time na competição.
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