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Diego Salgado, Eder Traskini e José Eduardo Martins
Santos e São Paulo medem forças hoje (12), a partir das 19h (de Brasília), na Vila Belmiro, pela décima rodada do Campeonato Brasileiro. Apesar de serem arquirrivais, nos últimos tempos a crise colocou as equipes mais próximas. Fora de campo, os clubes passaram a conviver com crises financeiras e políticas. Nos últimos meses, com a pandemia do novo coronavírus tal situação ficou ainda mais agravada.
No caso do Tricolor paulista, o clube não conquista um título desde 2012, quando levantou a taça da Copa Sul-Americana. A pressão da torcida e a disputa política viraram uma constante. Os capítulos dessa crise tricolor tiveram até a renúncia de um presidente — Carlos Miguel Aidar, em outubro de 2015.
De lá para cá, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, assumiu o comando. Depois de tentar apaziguar o Conselho e de implementar o novo estatuto, o dirigente enfrentou diversas críticas, sendo que o time profissional não conseguia levantar taças. No ano passado, em agosto, a chegada de Daniel Alves ajudou a melhorar a projeção da imagem do clube. Porém, as finanças seguiam com problemas. O São Paulo fechou 2019 com o maior déficit de sua história (R$ 156 milhões). E agora, com a pandemia do novo coronavírus, teve dificuldade para arcar com as suas contas. Os salários, por exemplo, só passarão a ser pagos integralmente em fevereiro de 2020.
À frente do Santos desde dezembro de 2017, José Carlos Peres tomou posse já falando em “choque de gestão” e pagando dívidas deixadas pelo antecessor Modesto Roma Jr.. Nos primeiros meses, as atitudes de Peres foram elogiadas, mas o comportamento do dirigente já dividia os torcedores, principalmente em declarações públicas.
Peres prometeu reforços colocando prazo de “dez dias”, repetiu diversas vezes que o patrocínio master “estava próximo” e, quando o discurso não se concretizou, foi criticado – entre outras declarações polêmicas. O mandatário enfrentou muita pressão nesta temporada, principalmente após Everson e Sasha acionarem o clube na Justiça. O torcedor chegou a ir até o prédio onde mora o presidente pedindo a sua renúncia.
Desde então, Peres, que sempre foi conhecido por ser centralizador, deu mais poderes aos gestores Pedro Dória e Matheus Rodrigues. Os dois membros do Comitê de Gestão estão à frente das decisões do clube, juntos com o técnico Cuca e o diretor Jorge Andrade.
Próximos Mas nestes últimos anos de crise, o Santos ainda se mostrou um bom parceiro para o Tricolor. Como os dirigentes mantinham uma relação de confiança, negócios foram fechados. A troca de Raniel por Vítor Bueno, no fim do ano passado, serve como exemplo. Além disso, outras transações foram discutidas, como a venda do zagueiro Lucão para o Peixe ou do goleiro Vanderlei, para o São Paulo.
Quando o São Paulo passou por um momento delicado, em 2017, após a demissão do técnico e ídolo Rogério Ceni, o Santos também surgiu para apoiar. Na época, o presidente Leco ligou para o colega Modesto Roma para buscar mais informações sobre Dorival Júnior. O técnico foi contratado e o time acabou se mantendo na Série A do Brasileirão.
Neste ano, a empresa iSURE chegou a conversar com o Santos sobre a possibilidade de estampar a sua marca no uniforme da equipe. Depois, acabou acertando com o Tricolor. Segundo apurou o UOL Esporte, o jurídico do Alvinegro Praiano entrou em contato com os são-paulinos quando soube da reunião da firma com os dirigentes do Morumbi. A ideia era falar sobre a negociação e até apresentar informações sobre a empresa. Após três jogos com a logomarca da firma estampada, o São Paulo rescindiu o acordo por falta de pagamento nas datas combinadas.
FICHA TÉCNICA SANTOS x SÃO PAULO Data: 12 de setembro de 2020, sábado Horário: 19h (de Brasília) Competição: Campeonato Brasileiro (décima rodada) Local: Vila Belmiro, em Santos (SP) Árbitro: Luiz Flávio de Oliveira (Fifa/SP) Assistentes: Marcelo Van Gasse (Fifa/SP) e Miguel Cataneo Ribeiro (SP) VAR: Rodrigo Guarizo Ferreira do Amaral (SP) SANTOS: João Paulo; Madson (Pará), Lucas Veríssimo, Alex Nascimento e Luan Peres; Alison, Diego Pituca e Carlos Sánchez; Marinho, Soteldo e Lucas Braga. Técnico: Cuca.
SÃO PAULO: Tiago Volpi; Igor Vinícius, Diego Costa, Léo Pelé e Reinaldo; Tchê Tchê (Luan), Igor Gomes e Gabriel Sara (Hernanes); Luciano, Brenner e Vítor Bueno (Paulinho Boia). Técnico: Fernando Diniz.
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