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Apesar de ter construído toda sua carreira vitoriosa como lateral direito, Daniel Alves veio ao São Paulo com a missão de assumir a camisa 10 e atuar no meio campo. Precisar voltar a sua posição de origem não fazia parte dos planos. E o desempenho ontem (17) contra o Grêmio mostrou isso. No empate em 0 a 0, ele passou longe dos dias de glória no lado direito do Barcelona ou da Seleção Brasileira. Cometeu erros que não costumam ser comuns em sua trajetória: errou saídas de bola que resultaram em contra-ataque do adversário e isolou uma cobrança de falta próxima à área.
Em sua entrevista coletiva após a partida, Fernando Diniz evitou fazer críticas ao seu principal jogador. De acordo com o treinador, não seria justo fazer uma avaliação individual em uma partida em que o coletivo também não funcionou. “Atualmente estamos jogando muito pelo lado esquerdo, então ele ficou mais isolado e pegou pouco na bola, mas fez uma partida OK na marcação. Quando a bola chegou, achei que ele fez uma partida correta, não tem o que falar. Depois, ele foi para o meio e o time estava errando muito passe, todo mundo”, afirmou Diniz.
O meio campo tem sido a “casa” de Daniel Alves desde que chegou ao Morumbi. A partida de ontem foi apenas a sexta vez, em 45 jogos, em que foi escalado como lateral. Nessa posição, conseguiu apenas uma assistência — na vitória sobre a Chapecoense na reta final do Brasileirão do ano passado — e sofreu dois cartões amarelos. Sua estreia pelo lado direito do Tricolor foi na derrota para o Palmeiras por 3 a 0, pela 29ª rodada do Brasileiro de 2019. Foi uma sequência de quatro jogos no setor. Depois da derrota por 1 a 0 para o Athletico-PR, ele voltaria para a lateral somente ontem.
Atualmente, Daniel Alves é a terceira opção de Diniz para o lado direito. Igor Vinicius e Juanfran (ambos lesionados) costumam disputar a posição. Durante a semana, houve dúvida se o improvisado na posição seria mesmo Daniel ou o volante Tchê Tchê. Apesar do desempenho abaixo do padrão contra o Grêmio, Fernando Diniz fez questão de ressaltar que Daniel Alves é a principal referência do elenco. Segundo o técnico, o excesso de jogos desde que voltou da fratura no braço não é motivo para mandar seu camisa 10 para o banco.
“Ele produz muito, mesmo quando não produz tecnicamente, ele produz de outras formas. Eu não achei que tinha que tirar até o momento. Ele é diferenciado, ele não sai dos jogos e nem dos treinamentos. Pode errar um jogo ou outro, mas ele corre e entrega para o time sempre”, disse Diniz.
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