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Perrone
A direção do São Paulo avalia que parte do elenco sente as cobranças mais duras feitas pela torcida e que isso prejudica o rendimento time. No último sábado, por exemplo, integrantes de torcidas organizadas fizeram um forte protesto em frente ao CT do clube na véspera do empate com o Coritiba. O entendimento é de que essa pressão provoca um efeito negativo em alguns jogadores que ficam com medo de errar durante as partidas.
Por exemplo, o cara deixa de tentar uma finalização com receio de errar e ser mais criticado. Os nomes dos atletas que estariam mais afetados pelas manifestações presenciais dos torcedores e nas redes sociais não são citados pela diretoria externamente. Há um sentimento na direção de que cobranças em relação ao comprometimento dos jogadores são injustas. Os dirigentes não se queixam do empenho dos atletas em treinamentos e jogos e nem da maneira como eles cuidam de suas formas físicas.
Os problemas admitidos são mais coletivos e táticos, como falhas no sistema defensivo. Dados dos aparelhos com GPS usados pelos atletas durante as partidas servem para defender o elenco. O discurso é de que, constantemente, jogadores quebram seus recordes de distância percorrida. O baixo número de lesões na temporada está entre os argumentos lançados em apoio aos jogadores. Há uma significativa diferença em relação à temporada passada. Por tudo isso, o sentimento da direção é de que os atletas merecem ser blindados por ela. A partida contra o Atlético-GO, nesta quarta, no Morumbi, será mais um teste para essa blindagem.
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