Natel vê saída de Pássaro inevitável: “Terá o fim do seu ciclo na minha gestão”

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GazetaEsportiva

Marcelo Baseggio 

Candidato à presidência do São Paulo pela chapa “Resgate Tricolor”, Roberto Natel já decidiu que promoverá mudanças no departamento de futebol independentemente da fase do time comandado por Fernando Diniz, caso seja eleito.

E uma das primeiras medidas de Natel será a demissão do gerente executivo de futebol Alexandre Pássaro. Responsável pelas negociações com atletas e formulação de contratos, o advogado é um dos pilares do departamento de futebol chefiado por Raí, mas, aparentemente não agrada o candidato à presidência do São Paulo.

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“Ele [Alexandre Pássaro] terá o fim do ciclo dele na minha gestão. Não ficará na minha gestão. Quem está à frente da estrutura do futebol é o Raí e o Lugano. Se o São Paulo estiver bem, iremos manter esses profissionais. Quem vai cuidar disso é o Marco Aurélio”, afirmou Natel em entrevista exclusiva à Gazeta Esportiva.

Com passagens pelos departamentos jurídicos de empresas como a Traffic, especializada em marketing esportivo, e pelo clube Desportivo Brasil, Pássaro chegou ao São Paulo em 2015 para trabalhar no mesmo ramo. Contudo, aos poucos sua influência no departamento de futebol foi crescendo, muito por causa dos contratos que elaborava, estabelecendo cláusulas que seguiam rendendo quantias consideráveis ao Tricolor mesmo com determinados atletas já vendidos.

Hoje com 30 anos, Alexandre Pássaro se tornou gerente executivo de futebol em 2017. Ao longo desse período, fez diversos cursos ligados ao futebol e também ao esporte de maneira geral, incluindo o da renomada Universidade de Harvard. Mesmo com a pouca experiência, ganhou espaço e credibilidade na gestão do presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, e acabou concretizando a vinda de jogadores renomados ao Morumbi, como Hernanes, Daniel Alves e Juanfran. Mas, há quem critique o trabalho do jovem dirigente por uma suposta falta de responsabilidade financeira e poder excessivo em suas mãos.

“As pessoas que são boas no seu ramo de atuação, no direito, na legislação, elas fazem isso. Escolha, debate, conversa, tem que ter o diretor executivo de futebol junto. Dizer quem é bom ou quem é ruim é função da área técnica, quem já foi do futebol. E algumas pessoas são jovens demais para tomar decisões. Às vezes, o presidente do clube também prioriza certas pessoas e acaba ouvindo menos as pessoas que mais sabem”, comentou Marco Aurélio Cunha, que deve chefiar o departamento de futebol caso Roberto Natel, seu aliado, seja eleito, dando a entender que Pássaro possui mais voz que Raí internamente.

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