Análise: São Paulo perde brilho, esquece o “melhor futebol do Brasil” e G-4 passa a ser lucro

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GloboEsporte

Eduardo Rodrigues 

Tricolor se mostra perdido dentro de campo e não tem mais a vibração de time que quer vencer.

O São Paulo perdeu o brilho de vez. Após a goleada de 5 a 1 sofrida para o agora líder Internacional, na última quarta-feira, o emocional do time que já estava abalado pelos recentes tropeços na temporada só piorou.

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E isso pôde ser comprovado no último sábado, no Morumbi.

Diante de um Coritiba que briga contra o rebaixamento e que tem apenas uma vitória nos últimos 13 jogos, o São Paulo não conseguiu se impôr dentro de casa, mostrou apatia na maior parte dos 90 minutos e amargou um empate em 1 a 1 que pode o distanciar ainda mais da briga pela liderança.

O resultado por si só já pode ser considerado desastroso. Mas o que se viu dentro de campo é ainda mais difícil de ser compreendido. A equipe que antes tinha um futebol envolvente e que chegou a 100 gols na temporada após cinco anos sem conseguir tal feito, não existe mais.

No primeiro tempo, Brenner teve a melhor chance para abrir o placar, aos 12 minutos. No entanto, o atacante foi o resumo do que está acontecendo com os jogadores do São Paulo.

Sozinho, quase na pequena área, o jogador cabeceou para fora. Um lance que dificilmente ele erraria em outras ocasiões, dessa vez não entrou. Nada (ou quase nada) do que a equipe faz tem dado certo.

Brenner lamenta durante jogo do São Paulo — Foto: Marcos Ribolli

Brenner lamenta durante jogo do São Paulo — Foto: Marcos Ribolli

E muito disso passa pela falta de confiança. É só observar a cobrança de um jogador com o outro e os barulhos do estádio. Os jornalistas e pessoas credenciadas para assistir aos jogos de perto do gramado relatam o mesmo sentimento: o São Paulo não é mais um time vibrante.

Daniel Alves, que antes gesticulava e esbravejava com todos os jogadores que cometiam uma falha ou faziam uma jogada que não o agradava, já não tem mais a mesma motivação. Reinaldo, que levava cartões por excesso de raiva em alguns momentos, também está apagado.

O único momento de inconformismo aconteceu quando jogo já tinha terminado e Tiago Volpi e o próprio Reinaldo se desentenderam. O bate-boca foi até os vestiários, e Diniz relatou que a “indignação tem que acontecer mesmo”.

Mas somente se indignar não vai adiantar, e o São Paulo tem que voltar a jogar futebol se ainda almeja alguma coisa na competição. Da forma que tem se apresentado, o time, que era favorito ao título Brasileiro, corre o risco de nem ficar com a vaga no G-4, o grupo que garante vaga direta para a fase de grupos da próxima Libertadores.

Fernando Diniz durante o empate com o Coritiba — Foto: Marcos Ribolli

Fernando Diniz durante o empate com o Coritiba — Foto: Marcos Ribolli

Ficar fora da fase de grupos da Libertadores seria um desastre para uma equipe que em determinado momento da temporada foi considerada a melhor do Brasil.

Para evitar tal vexame, Diniz terá uma semana de treinos para ajustar um São Paulo que tem suas peças desmontadas neste momento. O Tricolor volta a campo apenas no próximo domingo, às 16h, para enfrentar o Atlético-GO, fora de casa.

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