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Eduardo Rodrigues
Tricolor acumula segunda derrota consecutiva no Brasileirão e pode se complicar na liderança.
Se a derrota para o Bragantino havia ligado um sinal de alerta no São Paulo no Campeonato Brasileiro, a derrota por 1 a 0 para o Santos, no último domingo, no Morumbi, fez esse sinal ter uma luz ainda mais forte.
Diante de um Santos inteiro reserva e recheado de garotos, o líder do Brasileirão não conseguiu se impor, pouco fez para chegar à vitória e, de quebra, viu Jobson colocar pressão pelos lados do Morumbi.
Pela primeira vez neste Brasileirão o São Paulo foi derrotado duas vezes consecutivas. E isso acontece em um momento crucial da competição, em sua reta final, e com pelo menos quatro times atrás do Tricolor com chances reais de tirar a liderança – entre eles o Internacional, que venceu o Goiás e agora está a apenas três pontos de distância.
Após a eliminação para o Grêmio, na Copa do Brasil, a equipe comandada por Fernando Diniz não se encontra em campo. Depois de chegar no topo da tabela e abrir sete pontos com um futebol bonito, muitas vezes elencado como o melhor do Brasil, e de muita efetividade, o São Paulo parece ter se perdido no meio do caminho.
Fernando Diniz em duelo contra o Santos — Foto: Marcos Ribolli
Contra o Bragantino, o grande problema foi o sistema defensivo. Sem Luan, Tchê Tchê foi o responsável por assumir a função de primeiro volante. Isto, aliado à ausência de Arboleda entre os titulares, culminou em uma pane na defesa – e o Tricolor sofreu quatro gols pela primeira vez no Brasileirão.
O nervosismo no banco de reservas naquela ocasião deu um panorama de que havia algo de errado no São Paulo. O duelo contra o Santos, então, seria a chave de mudança para a equipe.
No entanto, o Tricolor não deu a reviravolta aguardada. Muito pelo contrário. Mostrou mais uma vez deficiências que até então não tinham aparecido no Brasileirão e saiu derrotado em um jogo fundamental na corrida pelo troféu.
Até sofrer o gol, com um minuto do segundo tempo, o São Paulo tinha criado poucas chances de gol. Sem Luciano no ataque, Pablo foi o escolhido e (mais uma vez) não correspondeu.
Arboleda, do São Paulo, exige grande defesa de João Paulo, do Santos — Foto: Marcos Ribolli
Depois de ser vazado em uma falha de Tiago Volpi, a equipe acordou, mas parou em um inspirado João Paulo, que fez pelo menos três defesas difíceis, e tirou toda a concentração do Tricolor. Já era tarde demais para buscar o placar.
Pode ficar tarde demais também para o São Paulo reencontrar seu caminho no Brasileirão. Com as duas derrotas, a equipe vê o Internacional, atual vice-líder, diminuir a vantagem para três pontos, e o Atlético-MG poder reduzir para apenas um (o Galo tem dois jogos a menos).
Cleber Machado, Casagrande e Ricardinho analisam vitória do Santos em clássico contra o São Paulo
Perder a disputa após abrir sete pontos de vantagem seria aumentar a lista de decepções que acompanham o São Paulo desde o último título do clube, em 2012.
Sem jogos no meio de semana, Fernando Diniz terá tempo necessário para aparar as arestas e recolocar o São Paulo nos trilhos. O próximo confronto será no domingo que vem, contra o Athletico-PR, às 16h (de Brasília), na Arena da Baixada.
Agora, a gordura conquistada praticamente acabou, e a antiga (e muito utilizada) frase “cada jogo é uma final” se torna cada vez mais uma verdade para o clube.
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