Opinião: São Paulo anda em círculos e repete pesadelo para seu machucado torcedor

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GloboEsporte

Marcelo Hazan

O lampejo de felicidade logo dá lugar à dura realidade: a rotina de fracassos.

Sabe aquele roteiro de filme manjado, com todos ingredientes de final clichê, que você olha e já imagina o desfecho? Esse é o São Paulo. Mas o tal final feliz não vem. Pelo contrário.

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Ele dá lugar a uma rotina de fracassos repetida ano a ano. O pesadelo do machucado torcedor são-paulino tem roteiro decorado: ilusão com lampejo de felicidade, fim decepcionante e logo a dura realidade.

A derrota do último domingo, por 2 a 1, para o Atlético-GO, sétimo jogo seguido do jejum de vitórias, é mais um soco na boca do estômago para o são-paulino, desesperado com os oito anos de fila sem títulos.

Bruno Alves e Reinaldo lamentam derrota do São Paulo para o Atlético-GO — Foto: HEBER GOMES/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO

Bruno Alves e Reinaldo lamentam derrota do São Paulo para o Atlético-GO — Foto: HEBER GOMES/AGIF – AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO

O São Paulo despencou em desempenho e resultados. Não vence um jogo sequer há mais de um mês. Não permite mais ao seu torcedor sonhar com o agora distante título.

Em queda livre, o time saiu de sete pontos de vantagem na liderança do Brasileirão para os mesmos sete pontos de desvantagem em relação ao líder Inter. Foi de primeiro a quarto colocado. E não mostra poder de reação.

O novo pesadelo produzido pelo São Paulo tem semelhanças com o do Brasileirão de 2018. Na ocasião, o time liderou o primeiro turno, despencou na segunda metade do campeonato, demitiu o técnico Diego Aguirre a cinco rodadas do fim e terminou na quinta posição.

Raí, diretor executivo do São Paulo até fevereiro, e o técnico Fernando  — Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net

Raí, diretor executivo do São Paulo até fevereiro, e o técnico Fernando — Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net

Raí, diretor executivo à época, admitiu depois ter errado naquela decisão. Agora, perto de concluir sua gestão no fim de fevereiro, se vê ao lado da nova diretoria do presidente Julio Casares em situação que mais uma vez remete ao passado.

Restam cinco rodadas para o fim do Brasileirão, e a pressão em cima do técnico Fernando Diniz é gigante. Sua permanência é muito improvável depois do fim do campeonato, quando o departamento de futebol passará a ter Rui Costa na direção.

O São Paulo só voltará a jogar no dia 10 de fevereiro, contra o Ceará, pois o clássico com o Palmeiras foi adiado pela classificação ao Mundial de Clubes, no Catar (o rival foi campeão da Libertadores).

Diante de tudo isso: qual será o próximo passo do São Paulo? Independentemente da resposta, o torcedor conhece o roteiro do pesadelo que parece não ter fim no Morumbi.

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