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Em 1996, ex-atacante conquistou o torneio pelo River Plate
Hernán Crespo inicia nesta terça-feira sua trajetória na Libertadores como treinador do São Paulo. Campeão do torneio em 1996 como jogador do River Plate, o argentino tem a chance de se juntar a outros oito técnicos que também venceram como jogadores.
E o caminho para isso começa às 21h30, contra o Sporting Cristal, em Lima, no Peru. O adversário, inclusive, traz boas recordações para Crespo.
Na mesma Libertadores em que foi campeão, o ex-atacante marcou um dos gols mais bonitos da carreira, justamente sobre o Sporting Cristal.
Pelas oitavas de final daquela edição, o River Plate encarou o time peruano. No jogo de ida, no Peru, o Sporting Cristal venceu por 2 a 1 – Crespo marcou o gol solitário para o River.
Mas não foi nessa partida que o ex-atacante brilhou com um gol antológico. No jogo de volta, a equipe argentina não deu chances aos visitantes. Com quatro gols apenas no primeiro tempo, o River encaminhou a classificação, confirmada com goleada por 5 a 1.
E o terceiro gol ficou marcado para sempre na memória de Crespo. Aos 30 minutos, ele recebeu um cruzamento da direita e arriscou uma bicicleta de primeira. A bola foi com força, sem nenhuma chance para o goleiro.
A boa apresentação naquela noite fez o River Plate elevar o moral e chegar à final diante do América de Cali. Antes, eliminou o San Lorenzo, nas quartas de final, e a Universidad de Chile, na semifinal.
Embalado, São Paulo se prepara para estrear na Libertadores
E na decisão Crespo voltou a se destacar. Após perder o jogo de ida por 1 a 0, o River venceu a volta por 2 a 0, com dois gols do ex-atacante, e levantou o segundo troféu da Libertadores de sua história – aquela foi a única conquista do torneio na carreira de Crespo.
Logo depois, o ex-jogador se transferiu para o Parma, da Itália, e iniciou uma trajetória vitoriosa na Europa.
Esta será a primeira Libertadores de Crespo como treinador, do São Paulo, mas ele já viveu a competição pelo Defensa y Justicia, da Argentina. Em 2020, caiu na fase de grupos ao somar duas vitórias e sofrer quatro derrotas, duas delas para o Santos, ambas por 2 a 1.
Com os resultados, o clube argentino ficou em terceiro na chave e se classificou para a Sul-Americana. Acabou campeão.
Campeões da Libertadores como jogador e treinador:
Luis Cubilla:
Como jogador 1960 e 1961 (Peñarol) e 1971 (Nacional)
Como treinador: 1979 e 1990 (Olímpia)
Roberto Ferreiro:
Como jogador: 1964 e 1965 (Independiente)
Como treinador: 1974 (Independiente)
Humberto Maschio:
Como jogador: 1967 (Racing)
Como treinador: 1973 (Independiente)
Juan Mujica:
Como jogador: 1971 (Nacional)
Como treinador: 1980 (Nacional)
José Omar Pastoriza:
Como jogador: 1972 (Independiente)
Como treinador: 1984 (Independiente)
Nery Pumpido
Como jogador: 1986 (River Plate)
Como treinador: 2002 (Olímpia)
Marcelo Gallardo:
Como jogdor: 1996 (River Plate)
Como treinador: 2015 e 2018 (River Plate)
Renato Gaúcho:
Como jogador: 1983 (Grêmio)
Como treinador: 2017 (Grêmio)