Mauro: Com material humano nas mãos, as equipes do Rogério são ofensivas

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UOL

O técnico Rogério Ceni chegou ao São Paulo com alguma resistência por parte de torcedores organizados do clube devido à forma como ocorreu a saída de Hernán Crespo, além de declarações do ex-goleiro do período em que comandou o Flamengo, mas em seu segundo jogo conseguiu encerrar a série de empates do time e derrotou o rival Corinthians por 1 a 0, ontem (18), no Morumbi.

No UOL News Esporte, Mauro Cezar Pereira elogia o treinador pelo fato de ter uma proposta mais ofensiva e sair do comum em comparação a grande parte dos técnicos do futebol brasileiro, principalmente quando ele tem um elenco que o possibilite jogar de forma mais agressiva.

“Eu gosto muito do trabalho do Ceni sim, eu acho que ele é um técnico jovem, tem os seus problemas, como todo técnico, mas as suas equipes são equipes agressivas e ofensivas, era assim até o Fortaleza, o Fortaleza mudava o seu comportamento quando o Ceni era técnico em jogos contra equipes tecnicamente muito superiores, então o Fortaleza ia enfrentar o Flamengo no Maracanã, o Flamengo do Jorge Jesus ou mesmo do Domènec, não tinha como fazer um jogo igual, jogar dessa maneira tão agressiva”, diz Mauro.

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“Quando com um bom material humano nas mãos, o São Paulo tem um bom material humano, um elenco melhor do que ele tinha no Fortaleza, as equipes do Rogério são ofensivas, muito ofensivas, equipes que fazem questão da bola, eu acho isso saudável, porque o que a gente vê geralmente, até eu lamento que o Sylvinho, um jovem treinador, começando a carreira, tenha hoje um Corinthians mais forte, pega um adversário, um São Paulo fragilizado, com seis empates, trocou de técnico na correria, estreou empatando com o Ceará em casa, ou seja, o São Paulo sob pressão, sem quatro titulares e o que se viu? Um Corinthians fazendo o que a gente vê pelas mãos de tantos técnicos,que é jogar no erro do adversário, esperando o adversário”, completa.

O jornalista afirma que Rogério Ceni também comete erros e merece críticas, mas considera que elas muitas vezes acontecem mais pela personalidade ou pelas declarações do técnico do que pelo que ele faz em seu trabalho comandando times.

“Eu gosto sim do trabalho do Rogério, claro que ele erra, claro que ele vai merecer críticas aqui e ali, mas acho que é um cara que é muito mais criticado pelo perfil, pela personalidade, pelas declarações do que pelo trabalho que ele faz como treinador à beira do campo e no seu dia a dia no centro de treinamentos, acho que as pessoas têm uma certa antipatia, eu procuro separar, não me importa se o cara é simpático ou não, não quero ser amigo de nenhum deles, importa o que faz em campo, o trabalho, e o trabalho do Rogério é bom”, conclui.

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