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A tentativa de reforma no estatuto do São Paulo, que previa mudanças como o aumento no tempo de mandato dos conselheiros e a permissão de reeleição para o atual presidente Julio Casares acabou derrubada ontem (23) na votação dos sócios do clube. No podcast Posse de Bola #196, Arnaldo Ribeiro afirma que o resultado é fruto de uma precipitação por parte da gestão atual do São Paulo, mas considera que não se trata de um sinal de resistência, apontando que os sócios não representam a torcida do clube, mas apenas uma parcela dela.
“Essa derrota da gestão Casares deve-se muito à precipitação de uma situação que pretendia em uma canetada uma aprovação de diversas mudanças estatutárias de diferentes formas, a que chama mais a atenção sempre é a reeleição do presidente ou a extensão do mandato do presidente e acho que isso foi muito mal trabalhado”, diz Arnaldo. “Se queria ter a reeleição, como tem em quase todos os clubes brasileiros de futebol e em todo o sistema eleitoral brasileiro, que tratasse de uma forma diferente, para o próximo mandato ou no plantio anterior. Em dezembro de 2020 a gente estava tendo eleição no São Paulo, ali poderia ser discutido”, completa.
O jornalista cita a quantidade de sócios votantes, de 1.300, destacando que considera muito pouco em relação ao fato de o clube ter a terceira maior torcida do país. “Não acho uma demonstração de resistência, o São Paulo de 1.300 pessoas é muito pouco, os sócios do São Paulo não representam, o conselho não representa de forma alguma e os sócios do São Paulo não representam a torcida do São Paulo, representam um fragmento da torcida do São Paulo, que é grande, a terceira maior do país e tem de novo uma falta de representatividade gigante”, diz Arnaldo.
“Agora o passo que essa diretoria poderia dar, não acredito, lamentavelmente, seria justamente dar força e tratar com muito carinho a comissão que estuda a inclusão de um maior colégio eleitoral nas eleições do São Paulo, tratando de sócio torcedor e de outros torcedores, isso seria uma vitória do São Paulo e dessa direção, que até agora tem se preocupado muito com ela mesma e pouco com o São Paulo no geral”, conclui.
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