GloboEsporte
José Edgar de Matos
Jovens como Pablo Maia e Rodrigo Nestor resgatam time em goleada sobre o São Bernardo.
As categorias de base do São Paulo mais uma vez decidiram para o clube no profissional. Pablo Maia, Rodrigo Nestor, Marquinhos balançaram as redes, mudaram o jogo e comandaram a goleada por 4 a 1 sobre o São Bernardo, nesta terça-feira, que assegurou o Tricolor na semifinal do Campeonato Paulista.
Os jovens resgataram o São Paulo de uma situação complicada. O time saiu atrás no marcador, mas mostrou maturidade de superar um ambiente que se alterava para finalizar a terça-feira confiante.
Pablo Maia é festejado por colegas após golaço pelo São Paulo – o primeiro dele como profissional — Foto: Marcos Ribolli
A torcida respondia com impaciência à desvantagem. Quem sofreu com este comportamento foi a dupla Igor Gomes e Reinaldo: ambos saíram vaiados ao serem substituídos na segunda etapa. Porém, a reação rápida e a evolução do time comandado pelos jovens neutralizaram qualquer ambiente negativo.
A cada partida, a responsabilidade dos garotos criados na base cresce, assim como o protagonismo. Na zaga, Diego Costa é titular indiscutível. No meio, impossível imaginar o São Paulo sem Pablo Maia e Rodrigo Nestor. Marquinhos, de característica única no elenco, surge como alternativa comum nos jogos.
Os garotos pulam etapas, desta forma. Todos ainda em início de carreira, mas já com responsabilidade de adultos. A maturidade para reverter um cenário negativo mostra que a solução para o São Paulo reviver os antigos grandes momentos passa por Cotia.
– Entendo o torcedor se irritar, ele também sabe, mas não vaia o cara. Não faça isso com os garotos, pois são eles que podem tirar o São Paulo dessa situação. Aplaudam o cara – declarou Rogério Ceni sobre Igor Gomes, outro criado em Cotia, mas um pouco mais experiente.
Veja a coletiva de Rogério Ceni após a classificação para as semifinais do Paulistão
O que deu certo
Pela primeira vez titulares juntos, Luciano e Eder demoraram a se encontrar. Porém, próximos no centro de ataque, construíram os melhores momentos do São Paulo. Técnicos e versáteis, os dois dão uma dinâmica de ataque diferente de quando Calleri está em campo e fazem o time naturalmente trabalhar mais com a bola no chão.
Outro fator positivo da classificação passou pelo banco de reservas. Todas as opções levadas a campo por Rogério Ceni aumentaram a intensidade do time e fizeram o São Paulo aproveitar a vantagem numérica para transformar o domínio em gols.
Primeiros a entrar, Rigoni, Calleri e Welington subiram o rendimento da equipe. Marquinhos e Nikão, que combinaram no lance do terceiro gol, também se destacaram saindo do banco. Ponto para Rogério Ceni, cada vez mais confiante com as opções que conta no dia a dia no CT da Barra Funda.
Rigoni, Marquinhos e Calleri entraram no segundo tempo e ajudaram o São Paulo — Foto: Marcos Ribolli
O que deu errado
Novamente, a falta de uma opção de velocidade fez falta diante de um adversário um pouco mais retraído, principalmente na primeira etapa. Alisson bem que tentou pela esquerda e criou boas jogadas, mas o São Paulo pouco evoluiu pelas pontas e dependeu muito do jogo pelo meio.
Defensivamente, o início de partida preocupou. Houve erros de posicionamento, com os pontas do time visitante encontrando situações de mano a mano com Rafinha e Reinaldo. Faltou uma compactação maior nos primeiros minutos de confronto.
Próximos passos
O São Paulo folga nesta quarta-feira e só inicia a preparação para a semifinal na quinta. A equipe aguarda a definição do adversário para saber a data e o local do confronto.
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