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Leonardo Lourenço
Meia é líder de assistências do elenco nesta temporada, mas ainda não se firmou no time.
Nikão é apenas o 15º jogador do São Paulo com mais minutos em campo nesta temporada, uma condição inesperada após a expectativa criada com sua contratação. O meia deixou o Athletico-PR após o fim do contrato, mas, mesmo assim, especula-se que sua chegada ao Morumbi tenha custado cerca de R$ 10 milhões, entre luvas e comissões, o maior investimento do clube em 2022.
O desempenho do jogador no Paulista, no qual o Tricolor faz a semifinal contra o Corinthians, no domingo, às 16h, no Morumbi, o fez receber críticas, que ele considera injustas, como afirmou em entrevista ao ge:
– Algumas críticas sim são injustas, até pelo tempo que estou aqui, apenas dois meses, e pelos poucos jogos que estou fazendo – afirmou o jogador.
Nikão em São Paulo x Ituano, na segunda rodada do Paulista — Foto: Marcos Ribolli
Ele usa argumentos que o técnico Rogério Ceni já utilizou, o de que estava acostumado com as longas pré-temporadas do clube paranaense, que costuma utilizar times sub-20 durante o estadual.
– Vim de uma filosofia de preparação diferente, foram sete anos assim. Acredito que tudo vai acontecer de forma natural – completou.
– As críticas fazem parte do nosso trabalho. Costumo dizer que o céu e o inferno no futebol andam lado a lado. Tenho a consciência tranquila e sei o que vim fazer aqui – contemporizou.
Relembre a apresentação do meia Nikão, reforço do São Paulo
Se o tempo em campo ainda é pequeno – Nikão perdeu três jogos por ter sido diagnosticado com Covid-19 –, há sinal de que Ceni confia no atleta e tem dado espaço a ele.
Entre jogos como reserva e titular – ele ainda não ficou os 90 minutos de uma partida em campo –, Nikão participou de 12 partidas – só Rodrigo Nestor, Calleri e Eder jogaram mais.
Nikão é líder de assistências no São Paulo em 2022 — Foto: Marcos Ribolli
Ainda que não tenha feito gols, ele lidera uma estatística importante no elenco, o de assistências. São três, o mesmo número de Rodrigo Nestor – o levantamento é do jornalista João Guerra, do Espião Estatístico.
– Eu tenho me adaptado muito bem, dia após dia. É um grupo muito bom para trabalhar, que se respeita muito, e tenho a confiança do Rogério. Estou muito feliz de estar ajudando meus companheiros com as assistências, e sigo trabalhando firme para que o meu gol possa sair.
O São Paulo teve um início ruim na temporada, com desempenho e resultados ruins, mas se recuperou e chegou à semifinal do Paulista – o jogo contra o Corinthians é domingo, no Morumbi – com a segunda melhor campanha do estadual.
– O Rogério vive o futebol muito intensamente, ele entende e sabe muito bem aquilo que está fazendo, que trata e cobra todos da mesma maneira. O que ele sempre preza é não deixar de competir, não deixar de lutar, de sermos uma equipe difícil de ser batida – disse Nikão, repetindo pedidos que Ceni tem feito publicamente em entrevistas.
Ele exalta o treinador:
– Tudo que o Rogério fala, nós acreditamos e botamos confiança, ele conhece o clube como ninguém
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