GazetaEsportiva
Marcelo Baseggio
O São Paulo usará parte do dinheiro da venda de Gabriel Sara ao Norwich, da Inglaterra, para acabar de vez com as dívidas que possui com o elenco referentes ao período do auge da pandemia do novo coronavírus, em 2020, quando o clube cortou parcialmente o salário de seus atletas pela falta de entrada de receitas.
O Tricolor negociou Gabriel Sara por 9,5 milhões de libras (R$ 61 milhões), mas pode chegar a receber 12 milhões de libras (R$ 77,7 milhões), caso o meia atinja algumas metas estipuladas em contrato.
A diretoria são-paulina agora aguarda a transferência do dinheiro vindo da Inglaterra para, enfim, quitar as pendências com os jogadores mais antigos. Vale lembrar que o clube já pagou alguns atletas que tinham salários mais modestos, deixando em aberto apenas valores mais significativos.
O valor que resta ser pago referente às dívidas do São Paulo com os jogadores no período da pandemia consiste em direitos de imagem e luvas. As parcelas da CLT já foram praticamente quitadas pela diretoria tricolor.
Entenda o caso
Com o surgimento do novo coronavírus no Brasil, no início de 2020, o São Paulo viu suas fontes de receita secarem por causa da paralisação dos campeonatos. Sem dinheiro entrando, o clube se viu obrigado a suspender parte do salário de seus jogadores.
O combinado foi o São Paulo ressarcir seus jogadores quando as competições fossem retomadas, mas Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, não cumpriu o acordo, deixando o problema para a gestão seguinte, de Julio Casares.
As dívidas vêm se estendendo desde então, e o São Paulo já chegou a pegar empréstimos para quitar gradativamente essas pendências. Em maio, o Conselho Deliberativo aprovou um crédito de R$ 20 milhões, quantia destinada para ressarcir os atletas que estavam no Tricolor em 2020.
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